É bom que nos orgulhemos do nosso Dia Nacional. O que não compreendo é o porquê da escolha do dia da morte de Camões e não o dia em que o Tratado de Zamora foi assinado, por exemplo.
É um pouco paradoxal, mas não seremos nós, também, uma Pátria de contradições?
O 10 de Junho (de 1580) está legitimado pela tradição, como dia de Portugal, embora seja interessantíssimo discorrer, em termos histórico-filosóficos e de psicologia social, sobre a escolha da data para «Dia Nacional». É caso para dizer: — Deixe estar como está, que está muito bem. Quanto ao (4/)5 de Outubro de 1143 (do Tratado de Zamora): para mim, não é a data da Fundação Nacional, pois Portugal não nasce por decreto ou tratado, nem precisa de licença de Castela ou do Papa. Portugal funda-se a 24 de Junho de 1128 — com a Batalha de S. Mamede —, no dia em que D. Afonso Henriques e seus Cavaleiros encarnam a Vontade Nacional, declarando-se Livres e conquistando a Independência pelas armas.
Espero não ter sido mal entendido. Embora seja discutível, como foi dito, este é um dia nobre para Portugal, o que até agora melhor reflectiu a Causa Lusitana (quem melhor que Camões para a cantar?).
O que desejo não é uma crítica negativa do dia, mas que todos nós, no futuro, encontremos um dia de Alegria, uma celebração que reflicta ainda melhor a grandeza de Portugal. Portugal não é só Saudade. É também Bravura, Curiosidade, Unicidade, Descoberta. Daí o que disse, Portugal não precisa de autorizações "de fora". É ele a fonte de criação da sua identidade.
É dever de cada Português fazer com que a sua Pátria encontre a grande data da sua celebração. Esta há-de ser a data da fundação do Quinto Império.
5 Comments:
É bom que nos orgulhemos do nosso Dia Nacional. O que não compreendo é o porquê da escolha do dia da morte de Camões e não o dia em que o Tratado de Zamora foi assinado, por exemplo.
É um pouco paradoxal, mas não seremos nós, também, uma Pátria de contradições?
O 10 de Junho (de 1580) está legitimado pela tradição, como dia de Portugal, embora seja interessantíssimo discorrer, em termos histórico-filosóficos e de psicologia social, sobre a escolha da data para «Dia Nacional». É caso para dizer: — Deixe estar como está, que está muito bem.
Quanto ao (4/)5 de Outubro de 1143 (do Tratado de Zamora): para mim, não é a data da Fundação Nacional, pois Portugal não nasce por decreto ou tratado, nem precisa de licença de Castela ou do Papa.
Portugal funda-se a 24 de Junho de 1128 — com a Batalha de S. Mamede —, no dia em que D. Afonso Henriques e seus Cavaleiros encarnam a Vontade Nacional, declarando-se Livres e conquistando a Independência pelas armas.
Ora aqui está uma oportunidade para a rapaziada reclamar que coloquem a estátua original do Eça no lugar a que lhe pertence!
Não estou em Lisboa no dia 10, caso contrário iria, pois, bem precisada de ser revigorada anda a alma lusitana!
«Portugal não nasce por decreto ou tratado, nem precisa de licença de Castela ou do Papa.» Que frase magnífica!
Espero não ter sido mal entendido. Embora seja discutível, como foi dito, este é um dia nobre para Portugal, o que até agora melhor reflectiu a Causa Lusitana (quem melhor que Camões para a cantar?).
O que desejo não é uma crítica negativa do dia, mas que todos nós, no futuro, encontremos um dia de Alegria, uma celebração que reflicta ainda melhor a grandeza de Portugal. Portugal não é só Saudade. É também Bravura, Curiosidade, Unicidade, Descoberta. Daí o que disse, Portugal não precisa de autorizações "de fora". É ele a fonte de criação da sua identidade.
É dever de cada Português fazer com que a sua Pátria encontre a grande data da sua celebração. Esta há-de ser a data da fundação do Quinto Império.
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