sexta-feira, outubro 13, 2006

PARA A DEFINIÇÃO DE FÁTIMA

A assunção das cantilenas
à Matter de dores e penas,
Regina das soberanas,

reboa, ressoa, ecoa entre açucenas
e hossanas!...

— Fátima, em pleno e em peso,
a fervilhar
de fontes de fervor...

Eu, por mim, rezo:
sem cessar,
rezo,
Senhor,
a par
do marulhar
aceso
da récita maior,

e de sorte a acompanhar
melhor
o rumor
do popular
clamor
que até o azul solar do ar
sabe de cor

Fátima: alto-mar
e altar-mor!

Rodrigo Emílio, MATANDO A SEDE NAS FONTES DE FÁTIMA, Antília Editora, Porto, 2006.