Mestre de Aviz aclamado Rei de Portugal em Cortes (6-IV-1385)
E como aplicando o conceito de Rohte, — o direito à soberania se perde quando se deixa de estar em condições de promover o bem público, a dinastia de Aviz apareceu na cena da história, sagrada a sua ilegitimidade de origem, por se encontrar de acordo com a legitimidade da instutuição.
O que sucedeu com o Mestre de Aviz, é o que sucede, afinal, com todas as dinastias, que começando por ser ilegítimas terminam sempre por legítimas, pois o seu advento é geralmente suscitado por íntimas razões de necessidade social e política. Não surgiram de maneira diversa, contra os carolíngeos fainéants, os Capetos, verdadeiros fundadores da França. Portadora da legitimidade pessoal, por idênticas causas se viu D. Joana, — a Excelente Senhora, suplantada por sua tia Isabel — a Católica. Os exemplos são inumeráveis e para nos convencermos bastam os dois que ficam apontados.
ANTÓNIO SARDINHA
O que sucedeu com o Mestre de Aviz, é o que sucede, afinal, com todas as dinastias, que começando por ser ilegítimas terminam sempre por legítimas, pois o seu advento é geralmente suscitado por íntimas razões de necessidade social e política. Não surgiram de maneira diversa, contra os carolíngeos fainéants, os Capetos, verdadeiros fundadores da França. Portadora da legitimidade pessoal, por idênticas causas se viu D. Joana, — a Excelente Senhora, suplantada por sua tia Isabel — a Católica. Os exemplos são inumeráveis e para nos convencermos bastam os dois que ficam apontados.
ANTÓNIO SARDINHA
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