domingo, outubro 08, 2006

Sim ou sopas

A doutrina do Integralismo Lusitano irradiou fortemente por todos os sectores da sociedade portuguesa. Pode dizer-se que alguns dos seus pontos são hoje unanimemente admitidos. Não nos regozigemos demasiado. Os princípios integralistas formavam um sistema coerente e harmónico, cujas vantagens só poderiam verificar-se com a sua adopção em bloco. Mutilado, esfarrapado, todo o sistema é comprometido e da sua deturpação podem resultar mais inconvenientes do que vantagens. Chave da abóboda de todo o sistema é a Realeza hereditária. A aceitação do sistema sem a sua conclusão lógica torna-o ineficaz e contraproducente e pode ser a origem da sua derrocada.
Leão Ramos Ascensão, O Integralismo Lusitano, Edições Gama, Lisboa, 1943.
Excerto reeditado in O Pensamento Integralista Perante o Estado Novo, Rivera Martins de Carvalho (Compilação de Textos de Rolão Preto, Hipólito Raposo, António Sardinha, Luís de Almeida Braga, Alberto de Monsaraz, Leão Ramos Ascensão e José Pequito Rebello), Biblioteca do Pensamento Político, Lisboa,1971.

2 Comments:

Blogger Flávio Santos said...

O livro de Ramos Ascensão é excelente.

3:58 da tarde  
Blogger Mendo Ramires said...

É verdade.
Todos os Monárquicos o devem ter como livro de consulta permanente. Revela-se ainda útil para todos aqueles que andam sempre com o Integralismo Lusitano na boca sem saber do que estão a falar.
A segunda publicação referida serve para clarificar a relação entre os Integralistas e o Estado Novo; assunto este em que se ouve cada bacorada que até mete dó!

6:20 da tarde  

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