Mudam-se os tempos
Dantes, as pessoas tinham uma morada para toda a vida; ou, no máximo, duas: a primeira, durava desde que nasciam até que casavam; a outra, depois de saírem de casa dos pais, mantinha-se até à morte.
Agora, guardo sempre umas horas na rentrée para actualizar as moradas e telefones (com as modernas variantes de telemóveis e e-mails) de amigos, conhecidos, camaradas e colegas. O frenesim dos dias de hoje é de tal ordem que há sujeitos que ocupam várias páginas nas minhas anualmente renovadas agendas, pois faço questão de manter os contactos anteriores: às vezes voltam à base, vá-se lá saber porquê...
Numa perspectiva económica — de espaço e dinheiro (as agendas estão caras) —, um amigo recomendou-me certa vez que usasse lápis e borracha!... Assim, poderia apagar e voltar a escrever, no mesmo sítio, os dados actualizados. Ele assim o fazia. Só não adoptei essa técnica porque escrevo sempre com caneta — de preferência, de tinta permanente e indelével. Para efémero, já basta a futilidade destes tempos saltitantes.
Agora, guardo sempre umas horas na rentrée para actualizar as moradas e telefones (com as modernas variantes de telemóveis e e-mails) de amigos, conhecidos, camaradas e colegas. O frenesim dos dias de hoje é de tal ordem que há sujeitos que ocupam várias páginas nas minhas anualmente renovadas agendas, pois faço questão de manter os contactos anteriores: às vezes voltam à base, vá-se lá saber porquê...
Numa perspectiva económica — de espaço e dinheiro (as agendas estão caras) —, um amigo recomendou-me certa vez que usasse lápis e borracha!... Assim, poderia apagar e voltar a escrever, no mesmo sítio, os dados actualizados. Ele assim o fazia. Só não adoptei essa técnica porque escrevo sempre com caneta — de preferência, de tinta permanente e indelével. Para efémero, já basta a futilidade destes tempos saltitantes.
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