terça-feira, outubro 31, 2006
Vejo uma mulher em ponto-de-rebuçado, pirosinha, mas sexy a valer, ouvindo embevecida e semi-aparvalhada um gentleman à portuguesa, assexuado, que debita banalidades e tropeça nas palavras. Mal empregada!
domingo, outubro 29, 2006
Subtis sinais de mudança
O poder de Salazar ainda é tal — ou será que é cada vez mais?... — que conseguiu fazer os rapazes do Gato Fedorento, habitualmente inspirados, ficarem gagejantes e sem nenhuma piada, durante a sua estreia em horário nobre no 1.º canal televisivo estatal, quando tentaram parodiar o maior Estadista Português do século XX. Perante a desgraça, o intervalo até foi metido a martelo...! Pois é: things change. Ainda havemos de estar cá para gozar o pagode.
António de Oliveira Salazar
Já votei. E a escolha justifica-se numa só linha: Salazar foi o último a conseguir reunir em Si — qual síntese suprema — as superiores virtudes dos Grandes Portugueses, que temos tido — Graças a Deus — desde Dom Afonso Henriques.
sábado, outubro 28, 2006
Do Sublime e do Sagrado
Into Great Silence
Um Filme de Philip Gröning
Alemanha, 2005
(164 min.)
Um maravilhoso documentário sobre a Grande Chartreuse, casa-mãe da Ordem dos Cartuxos, situada nos Alpes Franceses.
É a primeira vez que se faz um filme no interior deste lugar de silêncio e oração.
Para olhar com olhos de ver e contemplar a vida de homens que devotam as suas existências a Deus, na forma mais pura, em meditação silenciosa.
Para ouvir e escutar o silêncio.
Silêncio. Austeridade. Consciência. Espiritualidade.
Repetição. Ritmo. Tempo.
Espaço. Contemplação.
Sublime.
Elevação. Absoluto.
Sagrado.
Eu hoje acordei assim...
... preparado para o Baile de Máscaras
do meu Amigo Paulo Cunha Porto.
Fico a aguardar pela data e local...
(O Blake não estava a dar)
[Postal reescrito pela madrugada dentro]
Política — da blogosfera para o mundo real
O Camisa-Negra está em grandiosa forma: ide lá espreitar e beber daquela fonte fundamental, que é o Fascismo em Rede.
Sessões de esclarecimento na blogosfera
A fim de saberdes tudo sobre o famigerado eufemismo «interrupção voluntária da gravidez», para além de deverdes consultar o blogue colectivo em que este Vosso escriba alinha — Pela Vida —, podereis visitar os seguintes blogs: ADAV-Vizeu, Blogue do Não, Jornal da Família, Por Causa Dele, Sou a Favor da Vida e Viver a Sua Vida.
quinta-feira, outubro 26, 2006
quarta-feira, outubro 25, 2006
Princípios Eternos
O Homem deve à Europa aquilo que mais contribuiu para lhe modelar a personalidade e para lhe indicar o caminho — uma Filosofia, um Direito e uma Teologia e todos três orientados no sentido da criação de uma Ordem.
(...)
Quero ainda ter fé nos princípios em que assenta a civilização do Ocidente, heleno-romano-cristã. A tempestade desencadeada agora significa, de algum modo, a falência desses princípios? Significa, sim, a falência de tudo quanto se construiu, ou pretendeu construir, sem eles ou contra eles.
João Ameal
(...)
Quero ainda ter fé nos princípios em que assenta a civilização do Ocidente, heleno-romano-cristã. A tempestade desencadeada agora significa, de algum modo, a falência desses princípios? Significa, sim, a falência de tudo quanto se construiu, ou pretendeu construir, sem eles ou contra eles.
João Ameal
Assim sendo, já não cabemos no Campo Pequeno
Um homem activo e pessimista é ou será um fascista.
André Malraux
André Malraux
terça-feira, outubro 24, 2006
segunda-feira, outubro 23, 2006
Assim, até parece fácil!
Depois de uma interessante conversa, entre nacionalistas autores de blogues (nós conversamos, o sistema debate), sobre a criação de um espaço colectivo, de que aqui dei conta, e onde deixei expressa em caixa-de-comentários a minha opinião de que é sempre necessário haver alguém que «dê o pontapé de saída» — ou seja: que vá à frente e comande (por estas e outras é que sou mono-árquico) —, surgiu o Vítor Ramalho a fazer muitíssimo bem esse papel e a conseguir o milagre de juntar dezanove pessoas — de várias gerações e tendências da Área Nacional — num blogue Pela Vida. É obra!
domingo, outubro 22, 2006
Da Informática
Alguém me explica como junto o Jantar das Quartas ao meu profile (onde consta agora o Pela Vida, além de A Torre de Ramires)? O problema reside no facto de A Torre ter sido criada, na altura, com um novo username e uma nova password. Entretanto, acabei de tornar a password do Jantar igual à dos outros dois blogues; mas, não consegui alterar o username. Assim, não me é possível encaixar os três no mesmo profile, o que seria útil para poder aceder, através do dashboard, aos vários blogues e, a partir daí, publicar; além disso, os leitores também teriam acesso imediato às minhas várias casas.
O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita?... — ou há solução para este caso?
O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita?... — ou há solução para este caso?
Naturalidade e Natalidade
Afinal, depois de tantas dissertações teóricas sobre as virtudes e defeitos de um blogue colectivo, eis que surge naturalmente o Pela Vida, que é a mais bela forma de algo nascer.
sexta-feira, outubro 20, 2006
Fins
Conscientes de que não estamos sozinhos no Mundo, é certo e sabido que por cá nos limitaremos a apanhar um barco que está prestes a zarpar. Da Europa virá o sinal de arranque para a mudança, pois o actual modelo político-económico-social deste Continente está velho e acabado. A derrocada, causada pela esterilidade — física e mental —, à mistura com a submissão deslumbrada aos poderes ocultos (que todos, no entanto, conhecem), está à distância de um passo. Os povos mantêm-se adormecidos; aguardam, como sempre, o sinal de uma elite, que os venha despertar, para se regenerarem através da acção. O pior que poderá acontecer será a ausência de um Programa quando a Hora chegar e a implosão do actual sistema demo-liberal (ainda ele) se concretizar. Trabalhai pois — Jovens da Portugal — na construção de uma alternativa; tendo sempre presente o Passado, que é a garantia de um Futuro Nacional!
Meios
Oxalá dessas leituras possa surgir uma nova geração preparada para criar uma renovada doutrina nacionalista para o século XXI. Depois, essa geração terá de se comportar como uma verdadeira elite e atingir lugares que lhe possibilite espalhar a boa nova — nas escolas e universidades, nas profissões e empresas, nas artes e letras; enfim, na Cultura. Será este escol lusitano que travará o bom combate com vista à Refundação Nacional (mesmo a tempo de comemorar os 900 anos da Fundação de Portugal).
Princípios
Vários livreiros — antiquários, alfarrabistas e outros — dizem-nos, em simpática troca de opiniões, que, agora, tudo o que seja Integralismo e Nacionalismo desaparece logo à chegada. E soubemos mais: é a gente nova que os compra, como já não se via há vinte anos.
quinta-feira, outubro 19, 2006
Subsídios para a História do Nacionalismo Português
Apanhando a deixa propiciada pelos três anteriores postais, Humberto Nuno de Oliveira conta a fascinante história do Movimento AXO.
Ide ler, pois fala quem sabe.
Ide ler, pois fala quem sabe.
quarta-feira, outubro 18, 2006
Heróis do Mar
Aos que viveram intensamente os anos de 1980 — sob o estandarte da Cruz de Cristo e contra a corrente, mas muito à frente! — ou àqueles que estão desejosos de saber como foi, aconselha-se a ida à Culturgest, em Lisboa, para verem o filme Brava Dança, de José Pinheiro e Jorge Pires, que será exibido na próxima 3.ª feira, dia 24 de Outubro, às 21.oo, no Grande Auditório, numa sessão especial do Festival Internacional de Cinema Documental de Lisboa.
segunda-feira, outubro 16, 2006
Bebendo nas Fontes
O site Causa Nacional presta mais um acto de serviço público ao colocar on-line o livro O Integralismo Lusitano de Leão Ramos Ascensão.
domingo, outubro 15, 2006
sábado, outubro 14, 2006
Blogue colectivo
O Pedro Guedes levantou a lebre aqui e a conversa segue animada nesta caixa do FSantos. A falar é que a Nossa Gente se entende. Olha!... Gosto deste título para o blogue colectivo...
Dedicatória
O postal anterior, que reproduz a capa de uma raridade bibliográfica, vai direitinho para todos os blogues nacionalistas.
«Fradiquismo» — eterna doença da elite nacional?...
Pensador verdadeiramente pessoal e forte, Fradique Mendes não deixa um obra. Por indiferença, por indolência, este homem foi o dissipador de uma enorme riqueza intelectual. Do bloco de ouro onde poderia ter talhado um monumento imperecível — tirou ele durante anos curtas lascas, migalhas, que espalhou às mãos cheias, conversando, pelos salões e pelos clubes de Paris. Todo esse pó de ouro se perdeu no pó comum. E sobre a sepultura de Fradique, como sobre a do grego desconhecido de que canta a Antologia, se poderia escrever: — «Aqui jaz o ruído do vento que passou derramando perfume, calor e sementes em vão...»
Eça de Queiroz
Eça de Queiroz
Bons Ventos de Espanha
Assim, até dá gosto ler em castelhano. Um belíssimo texto de longo alcance, de Rafael Castela Santos, no Nova Frente. Além do mais, ainda se referiu em termos imerecidamente elogiosos a este bastião.
sexta-feira, outubro 13, 2006
PARA A DEFINIÇÃO DE FÁTIMA
A assunção das cantilenas
à Matter de dores e penas,
Regina das soberanas,
reboa, ressoa, ecoa entre açucenas
e hossanas!...
— Fátima, em pleno e em peso,
a fervilhar
de fontes de fervor...
Eu, por mim, rezo:
sem cessar,
rezo,
Senhor,
a par
do marulhar
aceso
da récita maior,
e de sorte a acompanhar
melhor
o rumor
do popular
clamor
que até o azul solar do ar
sabe de cor
Fátima: alto-mar
e altar-mor!
Rodrigo Emílio, MATANDO A SEDE NAS FONTES DE FÁTIMA, Antília Editora, Porto, 2006.
à Matter de dores e penas,
Regina das soberanas,
reboa, ressoa, ecoa entre açucenas
e hossanas!...
— Fátima, em pleno e em peso,
a fervilhar
de fontes de fervor...
Eu, por mim, rezo:
sem cessar,
rezo,
Senhor,
a par
do marulhar
aceso
da récita maior,
e de sorte a acompanhar
melhor
o rumor
do popular
clamor
que até o azul solar do ar
sabe de cor
Fátima: alto-mar
e altar-mor!
Rodrigo Emílio, MATANDO A SEDE NAS FONTES DE FÁTIMA, Antília Editora, Porto, 2006.
Negócios Estrangeiros e Admnistração Interna
O nosso bom Camarada e Amigo Duarte Branquinho — na sua nova qualidade de Presidente da Causa Identitária — visitou Paris e trouxe de lá notícias e novidades, que explana no seu blog.
Análise Política Alternativa
de fino recorte e lúcido realismo, bem fundamentada no domínio das matérias, através do estudo profundo, e completamente contra a corrente do pensamento único dominante, faz-se aqui.
Ninguém me tira desta pobre cabeça de ideias fixas que dali há-de saír um Livro. Quanto mais não seja, para não termos que queimar os olhos nestes malditos ecrãs.
Ninguém me tira desta pobre cabeça de ideias fixas que dali há-de saír um Livro. Quanto mais não seja, para não termos que queimar os olhos nestes malditos ecrãs.
terça-feira, outubro 10, 2006
Fórmula simples para a Felicidade
Amar a Deus.
Amar a Nação.
Amar a Justiça.
Amar a Família.
Amar a Profissão.
Amar a Nação.
Amar a Justiça.
Amar a Família.
Amar a Profissão.
À atenção dos bloguistas individuais da «Área Nacional»
Urge lerem esta reflexão do Pedro Guedes e dizerem de Vossa justiça na respectiva caixa-de-comentários. Da conversa (agora diz-se "debate") sai a Luz. Deus queira.
segunda-feira, outubro 09, 2006
Política Séria
Deus dê forças ao José Pinto-Coelho e ao Humberto Nuno de Oliveira para porem esta merda nos eixos.
Da porca da política
Comunicaram-nos que o partido conservador britânico tem uma vice-presidente muçulmana e outra lésbica...!! Melhor ainda: asseguraram-nos que um antigo e ex-futuro dirigente do partido correspondente cá da terreola — parece que é CDS — foi à TV, em solene entrevista, dizer que achava muito bem e que era, até, um exemplo a seguir... Depois, admirem-se das votações da «extrema-direita», lá e cá. Graças a Deus!
Dos «s'tôres» e dos Professores
O ponto da situação é feito aqui, por Manuel Azinhal; depois, é só seguir as pistas, que vão dar a vários posts e textos de antologia. Na Torre, a opinião sobre a matéria resume-se muito facilmente: deixar andar o que está — o mal começou com a veiguista "reforma" — até rebentar (não falta muito...) e, depois, construir tudo a partir do zero. Esta fórmula também se aplica ao País.
Agenda Cultural
Como sabeis, a agenda que interessa, com o que se vai passando em Lisboa, é fornecida por Jorge Ferreira no seu obrigatório blog Olissipo.
Cá para mim, para já, destaco a Feira do Livro do Mercado da Ribeira. Lembras-te, BOS?
Cá para mim, para já, destaco a Feira do Livro do Mercado da Ribeira. Lembras-te, BOS?
Bem-haja!
É com subida Honra e grato prazer que descubro um belíssimo post (quem é o autor do Poema?), dedicado a este Vosso humilde escriba, no exemplar blog de Mário Casa Nova Martins.
domingo, outubro 08, 2006
Mais coisas da vida
Xeque por xeque, vou acabar de reler A Tábua da Flandres, de Arturo Pérez- Reverte.
Forasteiro em Lisboa
No Rossio o prior de Santa Iria
Vendo um palácio, disse ao Canongia:
«Que será isto aqui?»
— Dona Maria...
Onde se representam as tragédias.
Vai correndo a cidade, e sempre atento
Pergunta noutro sítio:
«Isto é convento?»
— Não! isto é o Teatro de Sã Bento,
Onde se representam as comédias.
João de Deus
Vendo um palácio, disse ao Canongia:
«Que será isto aqui?»
— Dona Maria...
Onde se representam as tragédias.
Vai correndo a cidade, e sempre atento
Pergunta noutro sítio:
«Isto é convento?»
— Não! isto é o Teatro de Sã Bento,
Onde se representam as comédias.
João de Deus
Sim ou sopas
A doutrina do Integralismo Lusitano irradiou fortemente por todos os sectores da sociedade portuguesa. Pode dizer-se que alguns dos seus pontos são hoje unanimemente admitidos. Não nos regozigemos demasiado. Os princípios integralistas formavam um sistema coerente e harmónico, cujas vantagens só poderiam verificar-se com a sua adopção em bloco. Mutilado, esfarrapado, todo o sistema é comprometido e da sua deturpação podem resultar mais inconvenientes do que vantagens. Chave da abóboda de todo o sistema é a Realeza hereditária. A aceitação do sistema sem a sua conclusão lógica torna-o ineficaz e contraproducente e pode ser a origem da sua derrocada.
Leão Ramos Ascensão, O Integralismo Lusitano, Edições Gama, Lisboa, 1943.
Excerto reeditado in O Pensamento Integralista Perante o Estado Novo, Rivera Martins de Carvalho (Compilação de Textos de Rolão Preto, Hipólito Raposo, António Sardinha, Luís de Almeida Braga, Alberto de Monsaraz, Leão Ramos Ascensão e José Pequito Rebello), Biblioteca do Pensamento Político, Lisboa,1971.
Leão Ramos Ascensão, O Integralismo Lusitano, Edições Gama, Lisboa, 1943.
Excerto reeditado in O Pensamento Integralista Perante o Estado Novo, Rivera Martins de Carvalho (Compilação de Textos de Rolão Preto, Hipólito Raposo, António Sardinha, Luís de Almeida Braga, Alberto de Monsaraz, Leão Ramos Ascensão e José Pequito Rebello), Biblioteca do Pensamento Político, Lisboa,1971.
sábado, outubro 07, 2006
Turquia nunca mais!
Uma sábia evocação da Batalha de Lepanto (7 de Outubro de 1571) pela elegante e catolicíssima pena de Paulo Cunha Porto.
sexta-feira, outubro 06, 2006
Inquérito sobre a Monarquia ou pausa aritmética.
Dos excelentes 27 blogues ligados a esta Vossa humilde Torre, eu diria que 13 são feitos por monárquicos, estando aqui este Vosso servo para empatar a coisa; ou seja, Torre de Ramires incluída, em 28 somos 14. Vem isto provar a imparcialidade deste blogue em matéria de regime e sublinhar que o que aqui se busca alcançar é o Serviço a uma Ética e a uma Estética de dimensão Nacional.
(Já agora, e como quem não quer a coisa, só para não me deixarem ficar mal: os 13 magníficos não se querem acusar, aqui na caixa-de-comentários?...)
(Já agora, e como quem não quer a coisa, só para não me deixarem ficar mal: os 13 magníficos não se querem acusar, aqui na caixa-de-comentários?...)
Da Monarquia Portuguesa
JSM tem um franco desabafo de Monárquico, como só um Espírito Livre pode ter. Venham mais destes! Hoje, franco-atiradores; amanhã, vencedores!
Não tendo este feriado servido para comemorar nada de jeito, veio mostrar que — se ainda restassem dúvidas — existe em Portugal um elevado número de verdadeiros monárquicos. A blogosfera concretamente, e a Internet em geral, são os meios que estes escolheram para se expressarem livremente (pudera, os outros media estão-lhes vedados — só lá aparecem republicanos coroados e demais apatetados).
Depois de muitas tentativas de activismo — partidos, movimentos, associações, etc e tal —, algumas com bons resultados registados no combate político e das ideias, todas devedoras — directa ou indirectamente — do Pensamento e Acção do Integralismo Lusitano, parece-me finalmente estar a surgir uma nova geração de pensadores monárquicos, que, se tudo correr bem, será a dos doutrinadores de amanhã e insuflará fundamentos teóricos a uma juventude sequiosa de acção — nas escolas, nas universidades, nas empresas — com vista à futura Restauração.
Esta, não se limitará a colocar uma coroa na cabeça de alguém; mas, sim, a restaurar os Valores sobre os quais se edificou Portugal e que estão consagrados por 900 anos de sangue derramado por Deus e pela Pátria; e, por outro lado, a refazer uma comunidade tradicional orgânica, apropriada para os dias de hoje, preparada para enfrentar os problemas internos e externos, como Portugal sempre fez, muitas vezes na vanguarda — espiritual, militar, estética, política — do Mundo.
Não se trata, pois, de mudar apenas de regime, mantendo o sistema. Não. Mude-se, primeiro, o sistema e depois aclame-se o Rei, como a Tradição ensina e sempre foi praticado. As forças vivas da Nação real, reunidas em Cortes (cabe aos pensadores definir a sua futura orgânica), traçarão o rumo para o país, pois são elas a expressão da Inteligência (representando as Universidades) e doTrabalho (as Empresas) e, como tal, devem apontar o melhor caminho para a Monarquia Portuguesa.
Agora, que lancei a lebre, um pouco a trouxe-mouxe, gostaria de ouvir Ideias dos futuros Doutrinadores, com a Pátria restaurada em vista... Em frente!
Não tendo este feriado servido para comemorar nada de jeito, veio mostrar que — se ainda restassem dúvidas — existe em Portugal um elevado número de verdadeiros monárquicos. A blogosfera concretamente, e a Internet em geral, são os meios que estes escolheram para se expressarem livremente (pudera, os outros media estão-lhes vedados — só lá aparecem republicanos coroados e demais apatetados).
Depois de muitas tentativas de activismo — partidos, movimentos, associações, etc e tal —, algumas com bons resultados registados no combate político e das ideias, todas devedoras — directa ou indirectamente — do Pensamento e Acção do Integralismo Lusitano, parece-me finalmente estar a surgir uma nova geração de pensadores monárquicos, que, se tudo correr bem, será a dos doutrinadores de amanhã e insuflará fundamentos teóricos a uma juventude sequiosa de acção — nas escolas, nas universidades, nas empresas — com vista à futura Restauração.
Esta, não se limitará a colocar uma coroa na cabeça de alguém; mas, sim, a restaurar os Valores sobre os quais se edificou Portugal e que estão consagrados por 900 anos de sangue derramado por Deus e pela Pátria; e, por outro lado, a refazer uma comunidade tradicional orgânica, apropriada para os dias de hoje, preparada para enfrentar os problemas internos e externos, como Portugal sempre fez, muitas vezes na vanguarda — espiritual, militar, estética, política — do Mundo.
Não se trata, pois, de mudar apenas de regime, mantendo o sistema. Não. Mude-se, primeiro, o sistema e depois aclame-se o Rei, como a Tradição ensina e sempre foi praticado. As forças vivas da Nação real, reunidas em Cortes (cabe aos pensadores definir a sua futura orgânica), traçarão o rumo para o país, pois são elas a expressão da Inteligência (representando as Universidades) e doTrabalho (as Empresas) e, como tal, devem apontar o melhor caminho para a Monarquia Portuguesa.
Agora, que lancei a lebre, um pouco a trouxe-mouxe, gostaria de ouvir Ideias dos futuros Doutrinadores, com a Pátria restaurada em vista... Em frente!
Mais História de Portugal
Agora, Humberto Nuno de Oliveira apresenta aqui a sua Obra sobre História Política e Diplomática de Portugal na I Dinastia, no seu blogue Reverentia Lusa, a propósito do pretérito feriado. Está visto — é na blogosfera que se aprende.
História de Portugal
Dois textos de antologia — para ler, imprimir, reler e guardar —, da autoria de Jaime Nogueira Pinto, no excelente blogue O Futuro Presente. Assim se vai fazendo a verdadeira História de Portugal na blogosfera.
quinta-feira, outubro 05, 2006
Queremos mais Crónicas
Haja Quem retome a mui antiga e nobre tradição portuguesa da crónica, na senda de Eça, Ramalho, Fialho, Ferro, Lopes Ribeiro. Ide Lá ler mais uma Crónica de Nenhures, do já indispensável MM. Assim, a blogosfera vale a pena.
A Morte da Conversa
Vimos que o silêncio morreu de morte macaca, assassinado pelos guinchos, estrondos, berros e clamores do nosso tempo, fruto azedo duma civilização mecânica, atroadora e implacável. E uma das mais nefastas consequências desse nefando crime foi ter arrastado consigo a morte da conversa.
A conversa, esse ameno, aprazível discretear, cuja alma é a simpatia — como dizia Hazlitt — exige o silêncio, que o discurso alternado dos interlocutores mobila de palavras leves, as quais, em vez de o perturbarem, como que o tornam mais sensível, parecendo que o que se ouve é apenas o eco do nosso próprio pensamento.
(...)
No discurso inaugural do Círculo Eça de Queirós, vai para 23 anos, já António Ferro lamentava o crescente abandono a que era votada a arte subtil da cavaqueira, do bate-papo «inter pares». E uma das razões que o levavam a defender com denodo habitual o «Círculo» nascente (Bronson Alcott e Emerson abonam a feliz designação) era criar em Lisboa um cantinho onde se pudesse «praticar», restaurando a conversa como restaurou e sacudiu o pó a tanta coisa da nossa terra: o jornalismo, as artes gráficas, o folclore, a arte popular...
(...)
Nada como a evolução semântica para aquilatar os estragos do tempo. O significado da gentil palavra corrompeu-se, poluiu-se, está viciado como o ar das cidades. A frase: — Havemos de ter uma conversa... — envolve uma nítida ameaça; quando alguém diz: — Tudo isso é conversa... — insinua a ideia de intrujice.
Assim, dizer-se que é necessário o diálogo — é pura conversa. A «honneste conversacion» louvada na Bíblia de Chartres morre, ou pelo menos agoniza. Não por falta de assunto: à míngua de silêncio, dento e fora de todos nós.
António Lopes Ribeiro, Anticoisas e Telecoisas (2.º Tomo de Aspectos do Nosso Tempo), Livraria Figueirinhas, Porto, 1963.
A conversa, esse ameno, aprazível discretear, cuja alma é a simpatia — como dizia Hazlitt — exige o silêncio, que o discurso alternado dos interlocutores mobila de palavras leves, as quais, em vez de o perturbarem, como que o tornam mais sensível, parecendo que o que se ouve é apenas o eco do nosso próprio pensamento.
(...)
No discurso inaugural do Círculo Eça de Queirós, vai para 23 anos, já António Ferro lamentava o crescente abandono a que era votada a arte subtil da cavaqueira, do bate-papo «inter pares». E uma das razões que o levavam a defender com denodo habitual o «Círculo» nascente (Bronson Alcott e Emerson abonam a feliz designação) era criar em Lisboa um cantinho onde se pudesse «praticar», restaurando a conversa como restaurou e sacudiu o pó a tanta coisa da nossa terra: o jornalismo, as artes gráficas, o folclore, a arte popular...
(...)
Nada como a evolução semântica para aquilatar os estragos do tempo. O significado da gentil palavra corrompeu-se, poluiu-se, está viciado como o ar das cidades. A frase: — Havemos de ter uma conversa... — envolve uma nítida ameaça; quando alguém diz: — Tudo isso é conversa... — insinua a ideia de intrujice.
Assim, dizer-se que é necessário o diálogo — é pura conversa. A «honneste conversacion» louvada na Bíblia de Chartres morre, ou pelo menos agoniza. Não por falta de assunto: à míngua de silêncio, dento e fora de todos nós.
António Lopes Ribeiro, Anticoisas e Telecoisas (2.º Tomo de Aspectos do Nosso Tempo), Livraria Figueirinhas, Porto, 1963.
Refundação
Consequentemente, a Realeza a restaurar não é a realeza liberal, constitucional, democrática, parlamentar, que aí tivemos a abrir a catástrofe de 1910 — mas a outra, a Realeza que vem de 1128 a 1820, a quem se deve a formação, a consolidação, o prestígio de Portugal; a quem se devem os fundamentos sobre que repousa a Nacionalidade; a quem se devem as fronteiras portuguesas, no continente europeu, e no Ultramar.
Alfredo Pimenta, Três Verdades Vencidas — Deus, Pátria, Rei.
Alfredo Pimenta, Três Verdades Vencidas — Deus, Pátria, Rei.
quarta-feira, outubro 04, 2006
Eu leio duas Revistas Portuguesas...
Alameda Digital, publicação on-line, à distância de um clique.
Futuro Presente, em papel e com blog próprio.
... porque não há mais.
Futuro Presente, em papel e com blog próprio.
... porque não há mais.
Assuntos Literários e Estéticos
Embora o bushido, ou caminho do guerreiro, implique acima de tudo e de forma natural as qualidades de robustez e força, ter exclusivamente desenvolvido este aspecto significa apenas que se é um samurai tosco e sem grande valor. Por conseguinte, um samurai deve ser culto e, se dispõe de tempo, tem de se dedicar até certo ponto a fazer versos ou à cerimónia do chá. Porque, se não estudar, não será capaz de entender as razões das coisas do presente e do passado. E, por muito sensato e sagaz que seja nos assuntos mundanos, ver-se-á por vezes limitado pela sua falta de instrução. Mas se tem uma compreensão geral dos assuntos do seu próprio país e dos países estrangeiros, considerando cuidadosamente os três princípios do tempo, do lugar e da categoria, e segue o melhor curso das coisas, não é provável que cometa erros nos seus cálculos.
O Código do Samurai, Daidoji Yuzan, (Tradução de Luís Serrão, a partir da versão inglesa), Coisas de Ler Edições, 2003.
O Código do Samurai, Daidoji Yuzan, (Tradução de Luís Serrão, a partir da versão inglesa), Coisas de Ler Edições, 2003.
segunda-feira, outubro 02, 2006
Da Pátria e do Belo
Para os países em crise, a arte, que enobrece a tradição, constitui a consolação dos piores males, e a esperança de dias melhores. À sua influição divina, devem eles ir buscar forças novas, a têmpera da fé e da alegria criadora. E para os países prósperos, a arte é a coroaçã0 da sua fortuna, e o único fim a que deve aspirar todo o progresso económico. É justo que se pretenda ser rico, — mas com um fito apenas: — o de poder prestar melhor culto à Beleza. E tão bela coroação é essa, que eu desejo concluir com as palavras do velho pintor veneziano Tintoretto, a quem um doge orgulhoso enaltecia o poderio da República de Veneza, que possuía o império do mar. — Tintoretto respondeu-lhe, que, com a arte, sempre se faz o mar maior!
Afonso Lopes Vieira
Afonso Lopes Vieira
Basta!
Descobri hoje, ao olhar de viés para a televisão, que o turbo-comentador do canal estatal não sabe o que é um blogue nem um portal — falou com ar de quem tudo sabe sobre a matéria, mas só soube meter os pés pelas mãos.... De tanto querer viver ao sabor das marés, e na crista da onda, perdeu o essencial do seu tempo. É que, para se ser moderno (na forma), ajuda ser-se muito antigo (no conteúdo). Conclusão: depois de trinta anos de ditadura cultural, está na hora de saír de cena e de dar lugar aos novos; que é como quem diz — aos bons.
domingo, outubro 01, 2006
Joie de Vivre
Ela [Maria Antonieta] era assim como a estrela da manhã, brilhante de saúde, de felicidade e de glória.
Edmund Burke, Reflexões Sobre a Revolução em França, 1790.
Tendo em mente este mote, vou deitar mãos à biografia da última grande Raínha de França, escrita por uma Mulher da Sua Linhagem: Maria Antonieta, Catalina de Habsburgo, A Esfera dos Livros, Lisboa, 2006. Cheira-me que fará acentuar significativamente o meu já habitual spleen de Outono e que me confirmará 1789 como o princípio de todos os males. Mãos à Obra!
Edmund Burke, Reflexões Sobre a Revolução em França, 1790.
Tendo em mente este mote, vou deitar mãos à biografia da última grande Raínha de França, escrita por uma Mulher da Sua Linhagem: Maria Antonieta, Catalina de Habsburgo, A Esfera dos Livros, Lisboa, 2006. Cheira-me que fará acentuar significativamente o meu já habitual spleen de Outono e que me confirmará 1789 como o princípio de todos os males. Mãos à Obra!