segunda-feira, julho 31, 2006

Das precedências da Amizade

Alguém me dá uma mãozinha para o estabelecimento do protocolo de férias?... — Qual a hierarquia a aplicar às seguintes categorias?
Amigos familiares — já os nossos pais e avós eram amigos.
Amigos sociais — temos interesses (hobbies) comuns.
Amigos políticos — encontramo-nos na ideologia.
Amigos culturais — partilhamos e debatemos conhecimentos.
Amigos estéticos — comungamos dos mesmos gostos.

Para a compreensão de António Sardinha

À mão de semear, resumido e tudo — está aqui.

Três Anos de O Sexo dos Anjos: 31-VII-2003 — 31-VII-2006

Agora com casa própria — muito por culpa do inspirado e inspirador Manuel Azinhal —, transcrevo aqui o comentário que deixei n' O Sexo dos Anjos há exactamente um ano. Quando as palavras permanecem actuais, é bom sinal: temos a firme certeza de que não nos desviámos um milímetro do caminho a que nos obriga o bom combate.

Mendo Ramires said...
Dois anos depois, só posso dizer que muito aprendi com a Sabedoria que o Manuel Azinhal faz questão (Graças a Deus!) de partilhar connosco. O Manuel Azinhal é um Guia Espiritual e Estético - uma Fonte de Luz e Bom-Gosto -, neste desgraçado início do Terceiro Milénio. Por tudo isto, um eterno Bem-Haja.

domingo, julho 30, 2006

Honestidade Intelectual

Cavalheiros Praticantes: André Azevedo Alves e Jorge Ferreira.

Shots poéticos nacionais para a beira-mar ou fazendo a mala para as férias de Verão

Rizoma, António Barahona.
Sou Quem Fui, António Manuel Couto Viana.
A Epopeia da Planície, António Sardinha.
Clepsidra, Camilo Pessanha.
Mensagem, Fernando Pessoa.
Poemas de Deus e do Diabo, José Régio.
Depressa que oVerso Foge..., Paulo-Guilherme D'Eça Leal.
Poemas, Reinaldo Ferreira.
Serões Alentejanos, Silva Tavares.
Senhora da Noite, Teixeira de Pascoaes.

Nota: Guardei espaço na mala para sugestões; a caixa-de-comentários é, pois, toda Vossa...

sábado, julho 29, 2006

Panfletarismo jornaleiro semanal

Manuel Azinhal aponta e desmonta mais um artigo delirante de um empregado do dr. Balse. Por estas e outras, admirem-se de estar com um pé na falência... É que já ninguém acredita no que dizem ou escrevem, nem aguenta o cheiro a chulé!

Assim só não percebe quem é cego

A relação entre árabes e judeus explicada numa genial parábola do Engenheiro.

sexta-feira, julho 28, 2006

Só visto!

Para rir e chorar por mais: Apanhados, no SG Buiça.

Variações sobre o tema BB

Esta é a minha. A do Paulo é esta.
(Digo eu. Salvo seja!)

Gente que não presta (10)

São todos doutores, mas não há Senhores.

Gente que não presta (9)

Homens sensíveis e mulheres de armas. Tudo trocado, portanto.

Gente que não presta (8)

Dizem que gostam muito de ler; afinal, estavam a falar de revistas cor-de-rosa e de catálogos de automóveis.

Gente que não presta (7)

Os de 20 anos comportam-se como se tivessem 10 e os de 40 como se tivessem 20. Eis a infantilidade transformada em moda.

Gente que não presta (6)

Nunca estão à hora certa no local de trabalho e atendem-nos com ar de frete.

Gente que não presta (5)

Fazem do almoço a orgia diária.

Gente que não presta (4)

Deixam sempre para amanhã o que devem fazer hoje.

Gente que não presta (3)

Ao fim-de-semana nada fazem, prolongamento natural do emprego.

Gente que não presta (2)

Blogosfera é só durante a semana, à conta do patrão.

Gente que não presta (1)

Não trabalham, têm empregos.

Descubra-se

De que lado teria estado em: Portugal, 1128, 1383, 1580, 1820, 1910, 1974; Terra Santa, 1097; Constantinopla, 1453; França, 1789; Espanha, 1936; Rússia, 1941; Angola, 1961.

Parabéns ao Bruno (III)


Parte da minha profecia do ano passado já se cumpriu e a biblioteca da Torre tem os dois exemplares do Nova Frente — Textos da Blogosfera sempre ocupados por ávidas leitoras que cá vêm bater à porta.

Parabéns ao Bruno (II)

No ano passado — ainda sem torre, e novamente recorrendo ao Pedro — a coisa fez-se do seguinte modo:

Mendo Ramires said...

A minha estante mais pessoal tem reservados três lugares, para outros tantos frutos desta modernice que é a blogosfera, mesmo ao lado do "Diário Quase Completo" de João Bigotte Chorão. A saber: "Nova Frente", "Sexo dos Anjos" e "Último Reduto", feitos livros.

28/7/05 01:28

Parabéns ao Bruno (I)

Há dois anos — sem casa própria, mas com o alto patrocínio do Pedro — foi assim:

28 de Julho de 2003 - 28 de Julho de 2004

Um ano de luta diária. E, assim sendo, vai já aqui - de jacto - o meu Bem-Haja ao BOS! E os Parabéns, já agora!
Foi há um ano que o BOS se propôs romper a "ditadura cultural de esquerda". E aí está! Dizia ele que o Nova Frente seria "à direita, de direita e às direitas". E é, até, mais do que isso tudo: o BOS corta a direito, usando a pena como sabre, com a coluna vertebral bem direita, os pés bem firmes no Passado, e, o olhar directamente posto no Futuro.
Um ano de combate diário que é - primeiro de tudo o mais - um notável acto de criação artística, a bem das belas-letras, em particular, e de todas as Musas, em geral...
Na Prosa, na Poesia, na Crítica, no Pensamento, o BOS rasga caminho para as novas gerações, contaminadas pela lixeira mediática, poderem respirar. Ler o Nova Frente é respirar ar fresco, nesta Terra desgraçada pelo obscuro pensamento único, aviado pelos 'mestres'-de-cerimónia do Sistema.
Cá para mim, como seu leitor diário - e seu admirador e Amigo -, o BOS dá o mais alto exemplo ao pensar como Homem de acção e ao agir como Homem de pensamento. Portuguesíssimas saudações e fortíssimo abraço!

Mendo Ramires

publicado por pedro guedes

quinta-feira, julho 27, 2006

Abram alas: chegou a


O acontecimento cultural do ano à distância de um clique.

Arte Total Latina

Daqui para ali: José de Almada Negreiros, Salvador Dalí, Jean Cocteau.

À minha maneira

O decadentismo passou de moda. Que me importa!... Eu não sigo a moda dos outros, sigo sempre o meu modo.
António Ferro, Teoria da Indiferença, Portugália Editora, Lisboa, 1920 .

quarta-feira, julho 26, 2006

Digo eu

Desconfiemos das notícias do dia, confiemos nos Santos de cada dia; umas passam, Outros são eternos.

Santos de cada dia — ontem, hoje e amanhã

25 de Julho
S. Tiago Maior, Apóstolo.
S. Cristóvão, Patrono dos viajantes.
26 de Julho
S. Joaquim e Santa Ana, Pais da Santíssima Virgem.
Santa Bartolomea Capitánio, Fundadora.
27 de Julho
S. Pantaleão, Mártir.
Beata Maria Madalena Martinengo, Religiosa.

Todos aos quiosques!

Volume desta quarta-feira:
Monarquia do Norte — 1919; Helena Moreira da Silva; Edição QuidNovi; Colecção Batalhas da História de Portugal, n.º 19; Coordenação de Manuela Mendonça, da Academia Portuguesa de História; (vem com o «Correio da Manhã», não implicando a sua compra).

terça-feira, julho 25, 2006

Bibliografia wagneriana em Português

A Arte e a Revolução, Richard Wagner, Edições Antígona, Lisboa, 2000.
Correspondência com Wagner, Nietzsche, Guimarães Editores, Colecção Filosofia & Ensaios, Lisboa, 2001.

Música Dramática

Música Sacra

segunda-feira, julho 24, 2006

Agenda da Reconquista: 25 de Julho de 1139

O Milagre de Ourique, 1793
Domingos Sequeira (1768 — 1837)
Óleo sobre tela, 270 x 450 cm

Abaixo-assinado em caixa alheia

O Manuel Azinhal diz que está na hora de «recolher»... — Mas é que nem a brincar! Ide lá dizer de Vossa justiça na caixa-de-comentários do dito post.

Ouça-se um americano lúcido

O blogue Direita Conservadora presta mais uma vez o alto serviço público de traduzir e editar um texto de profunda actualidade. Tem a palavra Pat Buchanan.

domingo, julho 23, 2006

À má fila

Tenho sofrido um bombardeamento de vírus na minha caixa-de-correio: serão F-16, serão katyuskas — serão os irmãos desavindos em conjunto?!... O que vale é que um engenheiro informático — verdadeiro — me tinha para aqui instalado um sistema de protecção onde não passa nada.

Em frente!

O Vanguardista, que também sabe da poda — e não é pouco —, anda muito calado. Toca a martelar o teclado, pois a rapaziada nova precisa de aprender com quem vai na Vanguarda.

Subindo na Realpolitik

Este oportuno texto assinala o regresso em força à blogosfera de Rodrigo Nunes.
Parece-me que o seu blogue Batalha Final também já está a pedir a publicação em papel, pois o que lá se escreve é do melhor que há em matéria de análise política internacional, tendo, claramente, uma dimensão intemporal.

sábado, julho 22, 2006

Quando a judiaria e a mouraria batiam a bola baixa



(Clique na imagem, para ver o mapa ampliado — vale a pena observar em pormenor esta bela peça de cartografia.)

Assobiando para o lado

Há um genocídio em curso contra os Cristãos da Galileia. Os pormenores encontram-se aqui. Houvesse ainda Homens entre os líderes políticos do Ocidente e seria esta a hora para o início de uma nova Cruzada libertadora da Terra Santa.

Aristocrata e Arquitecto

Morreu, ontem, Ruy Jervis Athouguia.
Para estetas, meninos da avenida de Roma e pessoal de Alvalade, recordo, apenas e só: Bairro das Estacas (1949/1955), Escola Primária do Bairro de S. Miguel (1949/1953), Escola Primária Teixeira de Pascoaes (1956/1961) e Liceu Nacional Padre António Vieira (1959/1964). Do tempo em que havia Urbanismo feito por Senhores Arquitectos.
Paz à sua Alma.

sexta-feira, julho 21, 2006

Da Normandia ao Alentejo

O obrigatório (logo mais tenho de estabelecer a ligação permanente, na coluna dos blogues, aqui à direita) A Voz Portalegrense evoca Jean Maribe, em dois textos — especialmente interessante é, cá para mim, este último, que relaciona Jean Mabire com Hugo Pratt —, após a leitura do n.º 121 da fundamental revista Éléments. Enfim, uma utilíssima recensão.

Agenda Cultural




















21 de Julho
Nasceu Hemingway, em 1899.
Releia-se, neste Verão.

Mergulho Literário

Logo pela manhã, Roberto de Moraes guia-nos por caminhos marítimos, no ponto mais Ocidental da Europa.

Uma senhora à mesa

— Vou ali espreitar a Biblioteca do Paulo e já volto. Guardem-me um pouco do bolo de chocolate, por favor...
— Por quem sois, senhora.
— Obrigada.
— E voltai depressa, que se faz tarde e o tempo está a arrefecer...
— Assim será. É para já.

Acabadinho de chegar...

Agora, fez-se história no Pavilhão Atlântico, como já se tinha feito no Coliseu dos Recreios em 1991.
O Rock pode ser Arte. É tudo uma questão de bom-gosto.
God save The Pixies!

quinta-feira, julho 20, 2006

Mal nacional (10)

Decadência. Muitos filhos de cavalos tornam-se burros.

Mal nacional (9)

Arrivismo. Convençam-se: «Filho de burro não pode ser cavalo».

Mal nacional (8)

Desconhecimento da noção de ridículo.

Mal nacional (7)

Perna curta e vistas curtas.

Mal nacional (6)

Contar muitas anedotas, o que revela ausência de sentido de humor. Este, não se manifesta em graçolas repetidas; antes deve brotar com espontaneidade.

Mal nacional (5)

Deslumbramento por tudo e todos; principalmente pelo inacessível.

Mal nacional (4)

Ordinarice, em três variações: má-criação — é do sangue, não há nada a fazer; má-educação — são os pais os culpados; má-instrução — a responsabilidade é dos professores.

Mal nacional (3)

Esperteza saloia.

Mal nacional (2)

Atraso, começando na falta de pontualidade.

quarta-feira, julho 19, 2006

Mal nacional (1)

Discutem-se pessoas, não se debatem ideias.

terça-feira, julho 18, 2006

Presente!

José Antonio Primo de Rivera y Saénz de Heredia
(Madrid, 24-IV-1903 — Alicante, 20-XI-1936)

Cruzada de 1936-1939

Uma série de textos, publicados por um ilustre espanhol, demonstrando que de Espanha podem vir bons ventos.

Para a lareira de Castela

Mais uma acha.

Ainda a Guerra Civil de Espanha

Agora, aqui, por um especialista.

Espanha, 1936-1939

Recordemos o caso espanhol e saibamos tirar ilacções. É o que propõe aqui o inspirado FSantos, no seu pedagógico Horizonte.

José Antonio Primo de Rivera

domingo, julho 16, 2006

O estado da blogosfera

Na blogosfera, ao início era a palavra; depois, assistimos à chegada da imagem — com a publicação de "cartoons", fotografias e pinturas; logo a seguir, veio o som e surgiram belas marchas, músicas e canções; finalmente, chegámos à época das imagens em movimento — os vídeos vieram para ficar.
Tudo me parece ainda em fase experimental, no que diz respeito às suas possibilidades de utilização estética e articulação editorial; mas, uma coisa é certa: a comunicação nunca mais será a mesma! E, digo mais: quem quiser e puder ser líder de opinião deverá criar — já! (chegando, no entanto, com grande atraso) — um blogue.
Por estas e outras, concluo que é de tirar o chapéu a quem anda aqui há três anos... Marcaram posição. Estão à frente. E especial mérito têm porque conseguiram ver neste meio de vanguarda um canal para fazer passar mensagens tradicionais, pois é nessa difícil síntese que sempre se forjou o Futuro.
Os conservadores — das direitinhas e das sinistras —, como é hábito, ficaram de fora. Já não vão apanhar o barco. Lamentar-se-ão eternamente.

sábado, julho 15, 2006

Barreiras tecnológicas

Quanto mais leio este excelente blogue, mais me apetece lá comentar; mas, não atino com a caixa-de-comentários — é, cá para mim, um quebra-cabeças...!

Novo spot?...

Será que a blogosfera veio substituir, definitivamente, como local de encontro, conversa e debate, para Homens de Artes e Letras, as antigas Academias, os tradicionais Clubes e os modernos Cafés?...

Em plena combustão

Este ilustre bloguista regressou do Oriente com o gás todo!... Ora espreitai .

Sábado eclético

Quadro de Honra:
Lisboa, Henrique Barrilaro Ruas, Fado, Touros, Cavalos, Portalegre, Mulheres Portuguesas, Alfredo Pimenta, Luís de Camões, Futuro Presente, Vizeu, Nick Cave, Alemanha, Grécia, Vinho Tinto, Biblioteca, Lua, Blade Runner, Daryl Hanna, Noites Escaldantes, Kathleen Turner, Chuva, Cerveja, Philip K. Dick, Joy Division, Jardim Aromático, Sean Young, Franck Lloyd Wright, Forcados, Sintra, Adraga, Ocidente, Camilo Pessanha, Oriente, e etc e tal.

Cristianismo libanês e romantismo inglês

Este bloguista está em grande forma: do Líbano aos Joy Division (vale muito a pena ver os vídeos) — lá vai cultivando uma ética e uma estética muito próprias.

Música para bem adormecer

Into My Arms, Nick Cave and the Bad Seeds.
(À distância de um clique. Bem-haja!)

O que é que os parolos dizem?...

Vivenda, esposa, mala (não, não se referem a viagens...!), pires, pêro (não, não é um murro...!), e outras que tais, que adoraria lembrar-me agora e não consigo...

Noites escaldantes

Foi agorinha mesmo: na esplanada, com Lisboa, Lua, cerveja e tudo, que revimos um filme de culto — muito pessoal — dos anos 80. Nestas noites, até parece que temos uma cidade cosmopolita, com gente bonita, culta e civilizada (conjugação perfeita, mas muito difícil de alcançar).
Habitualmente, a turba-multa invade os sítios e é o horror. Como diz um amigo muita cá da Torre: «— Essa gentinha dantes não saía à rua, a não ser para trabalhar; hoje, querem consumir cultura a granel, para se sentirem gente; mas, isso só se consegue ao fim de três gerações e com muita aplicação.»
Pelo menos hoje, neste quase clandestino programa, esse povoléu não deu à costa. Graças a Deus!

De Ruas a Pimenta

Mais um blogue muito cá ao nosso gosto. Temos andado distraídos ou quê?!

Ainda Mestre Barrilaro Ruas

Mais uma descoberta blogosférica a propósito da Sua Evocação.
(E com que música, meninos: caramba!)

Três anos de Saudade

A Homenagem a Henrique Barrilaro Ruas faz-se aqui.

sexta-feira, julho 14, 2006

Fim-de-semana ganho!

Para ler de um só fôlego, da frente para trás e de trás para a frente, salteado, acelerado, em velocidade-cruzeiro, folheando, desfolhando, à desgarrada, em tertúlia, à namorada, em família,
decorando passagens, rindo às bandeiras despregadas, cerrando os dentes, com um nó na garganta, com a corda no pescoço, na cama, na piscina, na cidade ou nas serras, por aqui ou por ali; mas, leia-se — e já!

quinta-feira, julho 13, 2006

Recensão crítica de Literatura Contemporânea

Faz-se aqui.

quarta-feira, julho 12, 2006

Tertúlia para hoje

Só para Homens.

Refresco para hoje

Limonada, com limões de uma velha quinta abandonada.

Quadro para hoje

Alice no Espelho, de 1933, de Balthus.

Passeio para hoje

Colina Romântica de Lisboa — do Rato ao Cais do Sodré.

Vinho para hoje

Tinto alentejano.

Música para hoje

Brahms — Sinfonia N.º 2 em ré maior, Op. 73; Orq. Fil. de Berlim; Dir. de Herbert von Karajan.

Mulher para hoje

Silvana Mangano.

Livro para hoje

A Amizade, de Abel Bonnard, Hugin Editores, 1996.

Filme para hoje

Lundi Matin, de 2002, de Otar Iosseliani.

Canção para hoje

«Only You», do álbum Portishead, de 1997, dos Portishead.

É hoje

que chega aos quiosques e tabacarias o volume n.º 16 da notável colecção «Batalhas da História de Portugal», com a chancela da Academia Portuguesa de História.
O referido livro tem por título Maria da Fonte e Patuleia (1846-1847). É lê-lo: a fim de constatar que esta coisa está mesmo no ponto-de-rebuçado para novas aventuras desse calibre.
"— O que é que isso interessa? Os tempos são outros." — Dirão alguns optimistas modernaços. Pois... A Maria da Fonte foi a revolta do Povo contra a tributação fiscal, o centralismo admnistrativo e a reforma judicial do Estado Liberal. (Onde é que eu já vi este filme?... Ah, já sei, foi no tele-jornal.)
Por outras palavras: os liberais jacobinos à portuguesa sonharam — utopicamente — mexer em Deus, Pátria, Rei, Família e Propriedade. A Nação catolicíssima e monárquica não lhes perdoou; e, encabeçada por uma Mulher — qual Joana d'Arc, símbolo maior da Tradição —, partiu tudo!
Bravo!

Horizonte internacional

Toda a actualidade internacional, em vários posts, à distância de um clique. Se os jornais tivessem disto, voltaria a valer a pena comprá-los...

Remate para golo

As verdadeiras conclusões políticas e culturais a retirar da final do Mundial de Futebol estão aqui.

segunda-feira, julho 10, 2006

Ilha deserta

Havendo uma só hipótese de resposta — como costuma propôr o inquérito brincalhão (mas, muito à séria) —, o blogue que eu «levaria para a ilha deserta» seria este. Não me apetece explicar porquê.

domingo, julho 09, 2006

Ainda há destes?...

Tantos — e todos iluminados de fé, de ardor combativo, de intrepidez criadora! É Caldas Xavier — «português de ouro como os dos bons tempos da conquista», na frase que lhe consagra Mouzinho — a defender na Mopeia (1884) apenas com um irmão cego, um estrangeiro e dois índios, numa pequena casa de zinco, contra milhares de gentios. É o valente e decidido Eduardo Costa. É João de Almeida, o pacificador dos Dembos, donde regressa mal convalescente de graves doenças e a sangrar ainda dos ferimentos recebidos. É Aires de Ornelas — «o Maguiguana branco», chamam-lhe os cafres — que em Marracuene se multiplica a exortar os soldados à resistência e em Coolela escreve impassível o seu diário, debaixo de fogo, com a terra levantada pelas balas a secar-lhe, por vezes, a tinta do caderno. É Paiva Couceiro que, entre mil temeridades impossíveis de enumerar, realiza essa coisa inverosímil de, com cinco homens, avançar a cavalo para o meio de centenas de negros de azagaias em riste e armas aperradas, e reclamar em voz imperativa a Pasman, irmão do régulo de Cossine, a entrega do rebelde Matibejana, enquanto «lá em baixo», conta António Enes, «os auxiliares, estupefactos, esperam vê-lo cair do cavalo, varado por uma bala ou uma azagaiada...». É João de Azevedo Coutinho que um dia, surpreendido no banho pelo ataque do inimigo, vem a correr, nu, tomar o comando, lutar com denodo até vencer — e mais tarde, na primeira campanha do Barué, com o corpo horrivelmente queimado por uma explosão de pólvora e o braço atravessado por uma bala, ainda dirige a retirada dificílima, salva os seus homens, acaba por ficar cego durante dois meses, cheio de cicatrizes derivadas das queimaduras. E outros mais, desde os Chefes aos ínfimos combatentes — alguns dos modelos mais notáveis de Portugueses que existem na História.
História de Portugal, João Ameal.

Sugestão de leitura

A Divisão Azul, Saint-Loup, Tradução de Zarco Moniz Ferreira, Editora Ulisseia, Colecção Tropas de Choque, n.º 7.
A banda sonora está aqui.

sábado, julho 08, 2006

Deus queira

que a visita de Bento XVI sirva para travar o debochado governo espanhol.

Berlim

BERLIN

Wenn die Brücken, wenn die Bogen
von der Steppe aufgesogen
und die Burg im sand verrinnt,
wenn die Häuser leer geworden,
wenn die Heere und die Horden
über unseren Gräbern sind,

Eines kann man nicht vertreiben:
dieser Steine Male bleiben
Löwen noch im Wüstensand,
wenn die Mauern niederbrechen,
werden noch die Trümmer sprechen
von dem grossen Abendland.

Gottfried Benn


BERLIM

Quando arcos, pontes, erguidos,
forem da estepe engolidos
e o burgo areia escura
e as casas desabitadas
e as hordas e as armadas
pisem nossa sepultura

algo não se evita, não:
que estas pedras marcos são,
leões no deserto ardente,
podem muros desabar,
hão-de as ruínas falar
da grandeza do Ocidente.

Versão de Vasco Graça Moura

Asas alemãs



Doce Alemanha

Alemão e Rei consorte de Portugal

Dom Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha

Onze eterno

Bach;
Händel, Glück, Haydn, Mozart;
Beethoven, Weber, Schubert;
Mendelssohn, Schumann, Wagner.

sexta-feira, julho 07, 2006

Evoluções

Antigamente, o porteiro — digno e fardado — era o Manuel; depois, esse mesmo porteiro — desgravatado — passou a senhor Manuel; agora, o filho que lhe sucedeu — bruto e mal-educado — é o senhor Silva.

quinta-feira, julho 06, 2006

Educai os Vossos Filhos

Boa nova

Viva! Assinala-se, com júbilo, o regresso de um Grand Seigneur à tertúlia blogosférica.

Portugal-Alemanha

Para (re)descobrir afinidades entre Povos irmãos,
a partir de hoje numa livraria perto de si,
graças à antília editora.

terça-feira, julho 04, 2006

Do ecrã ao papel — já!

Depois do Nova Frente, e respeitando a ordem cronológica, quando é que O Sexo dos Anjos e o Último Reduto são dados à estampa?... Seria uma bela maneira de cada um comemorar os seus três anos de vida, para além das jantaradas em vista....!

segunda-feira, julho 03, 2006

Direitas contra sinistras no pós-25/A

Nacional-Revolucionária versus extrema-esquerda;
Anti-Comunista versus prec;
Orgânica versus ditadura proletária;
Contra-Revolucionária versus tropa fandanga;
Nacionalista versus mundialista;
Operacional versus terrorista;
Tradicionalista versus abortista;
Nacional Renovadora versus sistema.

Direitas contra sinistras na História de Portugal

Miguelista versus malhada;
Legitimista versus constitucional;
Franquista versus carbonária;
Sidonista versus democrática;
Integralista versus seareira;
Nacional-Sindicalista versus vermelha;
Nacionalista versus reviralha;
Legionária versus traidora;
Combatente versus desertora;
Salazarista versus marcelista.

domingo, julho 02, 2006

Direitas contra sinistras ao longo da História

Católica versus laica;
Nacionalista versus patriota;
Monárquica versus republicana;
Tradicionalista versus progressista;
Hierárquica versus igualitária;
Fascista versus comunista;
Corporativista versus sindicalista;
Contra-Revolucionária versus maçónica;
Orgânica versus socialista;
Reaccionária versus liberal;
Espiritual versus materialista;
Legitimista versus relativista;
Municipalista versus centralista;
Aristocrática versus democrática;
Elitista versus burguesa.

Dar e receber

Isto da blogosfera, para preguiçosos como eu, é do melhor que há: ando para aqui a ler — do bom e do fino — e quase não escrevo nada...!

O Futebol pode ser uma coisa de gente inteligente

As melhores sínteses sobre o Mundial, cá para o meu gosto, surgem no blogue de Jorge Ferreira. Ide lá ler e dizei de vossa justiça.

«Anfitachistas»

A fina ironia do esteta Jansenista, ao alcance de um clique. Bravo!

Porque o aborto é crime

A luta política faz-se aqui.

Doutrinai-vos, rapazes!

Todo o Pensamento sem Acção é impotente e toda a Acção sem Pensamento é estéril.
A preparação doutrinária faz-se aqui e aqui. Tirai conclusões e passai à Acção.

Revolução Nacional e Levantamento Nacional

Com a devida vénia ao dinâmico recém-aparecido Jorge Arbusto — que, para além de uma interessante produção pessoal, presta o alto serviço de transcrever o que se salva daquilo que se vai publicando em papel de jornal (útil, nos dias que correm, para limpar os sapatos) —, chamo a atenção para este fundamental artigo de Jaime Nogueira Pinto.

Santa etimologia

Mergulhemos nas raízes, para vencermos na guerra das palavras. Façamo-lo aqui, guiados pelo sábio JSarto.

Bela Itália!

Em Itália, o Fascismo está vivo e recomenda-se, entre as novas gerações. Ora espreitem lá aqui. É caso para dizer que o Vanguardista está mesmo à frente!

Todo o bom Trabalho dá frutos

Leia-se agora, aqui, um balanço da actividade da Blogosfera Nacional, a propósito dos seus três anos de Vida, feito pela sábia pena do estratega Camisa-Negra. Obrigatório.

sábado, julho 01, 2006

Lisboa de outras eras

Ainda sou do tempo em que se tinha, para a vida, no bairro, uma barbearia — onde se cortava o cabelo e a barba pela primeira vez —, um alfaiate — que nos fazia desde o primeiro fato até o fraque para o casamento —, uma mercearia — onde se punha "na conta" e os pais fingiam não perceber —, uma pastelaria — onde se comia após uma noitada, já de manhã, e se voltava, quase a seguir, com os pais, para o pequeno-almoço antes da missa, e os empregados fingiam que não tínhamos lá estado —, uma livraria — onde se deitava o olho a revistas "atrevidas" e se liam os primeiros clássicos; e, ao longo da vida nos foram reservando os livros que sabiam ser ao nosso gosto, sem nada termos pedido —, um cinema — onde se assistia sempre à estreia do último filme do nosso realizador preferido —, e tudo o mais que fazia a vida ser vivida; e, não mera sobrevivência, como agora.

Um Herói Português

Acabei, agora mesmo, de ler a biografia de Henrique Paiva Couceiro escrita por Vasco Pulido Valente. O autor não resiste a tentar apoucar o Herói Português, aqui e ali.
No entanto, o livrinho tem méritos. A saber: É mais uma peça para a criação de hábitos editoriais — e de leitura — na difícil arte da biografia, género raro em Portugal, vá-se lá saber porquê; por falta de Homens interessantes não será, certamente. Por outro lado, se VPV demonstra maus fígados — fruto das libações perigosas?... — na análise que faz de certos episódios da Vida e Obra de Paiva Couceiro, até aí desperta no leitor vontade de aprofundar os conhecimentos sobre o eterno Capitão. Falo por mim.
Devo confessar que, na idade de descoberta e culto dos Heróis — Nacionais e outros —, sendo eu já Monárquico, nunca o coloquei no meu altar de Santos, Heróis e Sábios. Estranhamente, este livrinho deu-me uma enorme vontade de partir à (re)descoberta de Henrique de Paiva Couceiro: Homem superior — com todas as contradições inerentes a essa categoria —, de Fé profunda e Carácter férreo. Características estas caídas em desuso e que devem incomodar bastante os intelectuais a que temos direito, que são, no que diz respeito a Valores, pouco mais do que gelatina.
Leia-se, pois.