sexta-feira, março 31, 2006
Dúvida protocolar
Neste admirável mundo novo da "blogosfera" não é hábito responder-se a "cartas electrónicas" (se vierem por bem, claro está)?
Fico a aguardar por esclarecimentos de "confrades" veteranos...
Fico a aguardar por esclarecimentos de "confrades" veteranos...
Chama Viva
Uma sentida — de Corpo e Alma — e lindíssima — na Letra e no Espírito — Homenagem a Jean Mabire: aqui.
Lição do Passado
Por isso nós, os integralistas, partilhamos da opinião do marquês de la Tour du Pin. Não somos conservadores, — dada a passividade que a palavra ordinariamente traduz. Somos antes renovadores, com a energia e a agressividade de que as renovações se acompanham sempre. O nosso movimento é fundamentalmente um movimento de guerra. Destina-se a conquistar, — e nunca a captar. Não nos importa, pois, que nas exposições dos pontos de vista que preconizamos se encontrem aspectos que irritem a comodidade dos que em aspirações moram connnosco paredes-meias.
ANTÓNIO SARDINHA, Ao Princípio era o Verbo, Lisboa, 1924
ANTÓNIO SARDINHA, Ao Princípio era o Verbo, Lisboa, 1924
Ainda estou à espera...
que me venham explicar as vantagens do (im)possível casamento entre Nacionalismo e liberalismo... Dizem que não é a brincar... Dizem.
Queremos mais Livros
Não será chegada a hora da Editora Ulisseia (Grupo Verbo) voltar a publicar todos os desaparecidos Títulos das magníficas Colecções «Corpos de Elite» e «Tropas de Choque»? Aposto que vendiam...
Ainda e sempre: Jean Mabire — Presente!
Um belíssimo texto evocativo da Vida e Obra de Jean Mabire — aqui.
quinta-feira, março 30, 2006
Jean Mabire (1927 — 2006)
A CHAMA
Este fogo resume uma tradição viva. Não uma imagem vaga, mas uma realidade. Uma realidade tão tangível como a dureza desta pedra ou o sopro do vento. O símbolo do Solstício é que a vida não pode morrer. Os nossos antepassados acreditavam que o Sol não abandona os homens e que volta todos os anos ao encontro da Primavera.
Cremos, como eles, que a vida não morre e que, para lá da morte dos indivíduos, a vida colectiva continua.
Que importa o que será amanhã. É levantando-nos hoje, afirmando que queremos permanecer como somos, que o amanhã pode vir.
Levamos em nós a chama. A chama pura deste fogo de fé. Não um fogo de lembrança. Não um fogo de piedade filial. Um fogo de alegria e de intensidade que temos que acender sobre a nossa terra. Lá queremos viver e cumprir o nosso dever como homens, sem renegar nenhuma das particularidades do nosso sangue, da nossa história, da nossa fé, amalgamadas nas nossas recordações e nas nossas veias...
Tudo isto não é a ressurreição de um rito abolido. É a continuação de uma grande tradição. De uma tradição que mergulha as suas raízes no mais profundo das idades e que não quer desaparecer. Uma tradição em que, cada modificação, só deve reforçar o sentido simbólico. Uma tradição que a pouco e pouco revive.
JEAN MABIRE
Este fogo resume uma tradição viva. Não uma imagem vaga, mas uma realidade. Uma realidade tão tangível como a dureza desta pedra ou o sopro do vento. O símbolo do Solstício é que a vida não pode morrer. Os nossos antepassados acreditavam que o Sol não abandona os homens e que volta todos os anos ao encontro da Primavera.
Cremos, como eles, que a vida não morre e que, para lá da morte dos indivíduos, a vida colectiva continua.
Que importa o que será amanhã. É levantando-nos hoje, afirmando que queremos permanecer como somos, que o amanhã pode vir.
Levamos em nós a chama. A chama pura deste fogo de fé. Não um fogo de lembrança. Não um fogo de piedade filial. Um fogo de alegria e de intensidade que temos que acender sobre a nossa terra. Lá queremos viver e cumprir o nosso dever como homens, sem renegar nenhuma das particularidades do nosso sangue, da nossa história, da nossa fé, amalgamadas nas nossas recordações e nas nossas veias...
Tudo isto não é a ressurreição de um rito abolido. É a continuação de uma grande tradição. De uma tradição que mergulha as suas raízes no mais profundo das idades e que não quer desaparecer. Uma tradição em que, cada modificação, só deve reforçar o sentido simbólico. Uma tradição que a pouco e pouco revive.
JEAN MABIRE
Aquela máquina!...
Um caso exemplar de super-produção blogosférica : quantidade, com variedade e qualidade — não é para todos!
História da Europa
Já havia um Camisa Negra na blogosfera nacional. Agora, também há um Camisa Castanha. Assim, a História deixa de ser monopólio dos vencedores. Cheira-me que vai fazer saltar a tampa a muita gente.
História de Portugal
30 de Março de 1536. Instituída a Inquisição em Portugal, por bula do Papa Paulo III. Funcionou como Tribunal especial para crimes de heresia — práticas judaicas, maometanas e luteranas — e para alguns crimes sexuais — bigamia e sodomia. Cabia ainda à Santa Inquisição a censura dos livros — prévia, dando autorização para a sua publicação; ou, posterior, proibindo em Index a leitura de obras já editadas que eram contrárias às Verdades da Fé. Foi extinta em 5 de Abril de 1821.
quarta-feira, março 29, 2006
Três facadas mortais no Corpo da Pátria
Regionalização
Com esta medida, dá-se um golpe nas comunidades locais — tradicionalmente organizadas em Municípios. É esta, de facto, a matriz mais visceralmente orgânica da nossa Nação. Portugal fez-se na aliança de Reis e Municípios.
Juntando o útil ao agradável: arranja-se mais uns ordenados para rosinhas desempregados.
Tudo isto à sorrelfa, claro!
Aborto
Já que os Portugueses insistem em ser férteis, mata-se a Coisa na barriga da Mãe e está tudo resolvido. Como há alguns que resistem... — fecham-se umas maternidades e carrega-se nos impostos sobre as Famílias.
Depois...
Imigração
Abrem-se as portas de par em par e assobia-se para os indigentes do mundo inteiro virem inundar as Terras de Portugal. Como bónus, ganham um B.I. Nacional (que é como quem diz: europeu — que é o que interessa!). E, juntando mais uma vez a fome com a vontade de comer: está assegurada a mão-de-obra escrava para as empreitadas dos patos-bravos.
Estamos assim.
Até quando?
Com esta medida, dá-se um golpe nas comunidades locais — tradicionalmente organizadas em Municípios. É esta, de facto, a matriz mais visceralmente orgânica da nossa Nação. Portugal fez-se na aliança de Reis e Municípios.
Juntando o útil ao agradável: arranja-se mais uns ordenados para rosinhas desempregados.
Tudo isto à sorrelfa, claro!
Aborto
Já que os Portugueses insistem em ser férteis, mata-se a Coisa na barriga da Mãe e está tudo resolvido. Como há alguns que resistem... — fecham-se umas maternidades e carrega-se nos impostos sobre as Famílias.
Depois...
Imigração
Abrem-se as portas de par em par e assobia-se para os indigentes do mundo inteiro virem inundar as Terras de Portugal. Como bónus, ganham um B.I. Nacional (que é como quem diz: europeu — que é o que interessa!). E, juntando mais uma vez a fome com a vontade de comer: está assegurada a mão-de-obra escrava para as empreitadas dos patos-bravos.
Estamos assim.
Até quando?
Princípio
ÁPICE
O raio de sol da tarde
Que uma janela perdida
Reflectiu
Num instante indiferente —
Arde,
Numa lembrança esvaída,
À minha memória de hoje
Subitamente...
Seu efémero arrepio
Ziguezagueia, ondula, foge,
Pela minha retentiva...
— E não pode adivinhar
Por que mistério se me evoca
Esta ideia fugitiva,
Tão débil que mal me toca!...
— Ah, não sei porquê, mas certamente
Aquele raio cadente
Alguma coisa foi na minha sorte
Que a sua projecção atravessou...
Tanto segredo no destino de uma vida...
É como a ideia de Norte,
Preconcebida,
Que sempre me acompanhou...
MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO
O raio de sol da tarde
Que uma janela perdida
Reflectiu
Num instante indiferente —
Arde,
Numa lembrança esvaída,
À minha memória de hoje
Subitamente...
Seu efémero arrepio
Ziguezagueia, ondula, foge,
Pela minha retentiva...
— E não pode adivinhar
Por que mistério se me evoca
Esta ideia fugitiva,
Tão débil que mal me toca!...
— Ah, não sei porquê, mas certamente
Aquele raio cadente
Alguma coisa foi na minha sorte
Que a sua projecção atravessou...
Tanto segredo no destino de uma vida...
É como a ideia de Norte,
Preconcebida,
Que sempre me acompanhou...
MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO
terça-feira, março 28, 2006
Coisas boas da bola
Uma coisa boa que o futebol faz, nos tristes dias que fogem, é trazer para a rua gente nova, limpa e desempoeirada.
Foi bom de ver, hoje à tarde, pela Capital inteira, rasgando avenidas, grupos de rapazes e raparigas — e todas as raparigas de 18 anos são lindas debaixo do lisboeta Sol primaveril e com uma t-shirt... —, de sorrisos abertos, em brincadeiras saudáveis, de cachecóis encarnados — cor da Pátria, cor sanguínea e sensual —, viris eles, femininas elas — Graças a Deus! —, encaminhando-se para o maior estádio desportivo de Portugal.
E, agorinha mesmo, agradável foi vê-los regressar, felizes e rindo, com cumplicidades várias, depois de uma jornada de sã camaradagem e dos primeiros namoricos sazonais.
Num dia assim, Lisboa renasce, readquirindo o seu inimitável e único esplendor telúrico, aquático e luminoso — só ao alcance dos Espíritos elevados e destinados a grandes vôos e maiores conquistas.
Foi bom de ver, hoje à tarde, pela Capital inteira, rasgando avenidas, grupos de rapazes e raparigas — e todas as raparigas de 18 anos são lindas debaixo do lisboeta Sol primaveril e com uma t-shirt... —, de sorrisos abertos, em brincadeiras saudáveis, de cachecóis encarnados — cor da Pátria, cor sanguínea e sensual —, viris eles, femininas elas — Graças a Deus! —, encaminhando-se para o maior estádio desportivo de Portugal.
E, agorinha mesmo, agradável foi vê-los regressar, felizes e rindo, com cumplicidades várias, depois de uma jornada de sã camaradagem e dos primeiros namoricos sazonais.
Num dia assim, Lisboa renasce, readquirindo o seu inimitável e único esplendor telúrico, aquático e luminoso — só ao alcance dos Espíritos elevados e destinados a grandes vôos e maiores conquistas.
Procura-se Novo Escol
Por mentalidade de qualquer país entende-se, sem dúvida, a mentalidade das três camadas, organicamente distintas, que a constituem a nível mental — a camada baixa, a que é uso chamar povo; a camada média a que não é uso chamar nada, excepto, neste caso por engano, burguesia; e a camada alta, que vulgarmente se designa por escol, ou, traduzindo para estrangeiro, para melhor compreensão, por "élite".
(...)
Esta divisão em camadas mentais, embora coincida em parte com a divisão em camadas sociais — económicas ou outras —, não se ajusta exactamente a essa. Muita gente das aristocracias de história e de dinheiro pertence mentalmente ao povo. Bastantes operários, sobretudo das cidades, pertencem à classe média mental. Um homem de génio ou de talento, ainda que nascido de camponeses, pertence de nascença ao escol.
FERNANDO PESSOA
(...)
Esta divisão em camadas mentais, embora coincida em parte com a divisão em camadas sociais — económicas ou outras —, não se ajusta exactamente a essa. Muita gente das aristocracias de história e de dinheiro pertence mentalmente ao povo. Bastantes operários, sobretudo das cidades, pertencem à classe média mental. Um homem de génio ou de talento, ainda que nascido de camponeses, pertence de nascença ao escol.
FERNANDO PESSOA
segunda-feira, março 27, 2006
Conteúdo versus contentor
Rodrigo Nunes desfaz a maquillage da direitinha a que temos direito. Só lido!
Blogosfera Nacional
Para alguns, a blogosfera não convém... Pois pudera, aqui há liberdade total para se mostrar o que se vale!
E para que não restem dúvidas: aí está mais um rijo Português, para dar na cabeça do "politicamente correcto".
E para que não restem dúvidas: aí está mais um rijo Português, para dar na cabeça do "politicamente correcto".
Roda bota fora
Não será esta a hora de acolhermos os nossos regressados emigrantes com dignidade e de convidarmos os imigrantes ilegais a saírem?
domingo, março 26, 2006
Portugal — Sempre!
Proclamavam os futuristas que a palavra Itália devia prevalecer sobre a palavra liberdade. Os nossos passadistas entendem que a palavra democracia deve sobrepor-se à palavra Portugal.
JOÃO BIGOTTE CHORÃO
JOÃO BIGOTTE CHORÃO
sábado, março 25, 2006
Relatório do 1.º Mês
Visitas:
Total — 3.035
Média diária — 94
Páginas lidas:
Total — 9.377
Média diária — 277
Posição entre os blogues portugueses
(por média diária de visitas):
N.º 255 de 1.502
Total — 3.035
Média diária — 94
Páginas lidas:
Total — 9.377
Média diária — 277
Posição entre os blogues portugueses
(por média diária de visitas):
N.º 255 de 1.502
Sem papas na língua
A cidade hoje já não é o que foi no meu tempo, o que é natural. Mas o pior é que mudou com tal ímpeto que tudo o que era pitoresco vai de gangão desatinado para o esquecimento com passagem pelo camartelo demolidor, e assim já de todo acabaram os carvoeiros onde se bebia o melhor vinho, por tijelas brancas vidradas, e havia quase sempre, para fazer boca, pasteis de bacalhau e uma velha a assar castanhas. Acabaram os carvoeiros substituídos por estabelecimentos de venda de carvão a retalho, revestidos de azulejo e tão penteadinhos que até a gente tem vergonha de lá entrar. Esta gente moderna, com suas higienes e posturices, substituíram as iscas e o pastel de bacalhau por bolos de arroz e brioches e o vinho por leite, não se tendo convencido nunca de que não há raça forte com semelhante alimento e a resultante foi a substituição das touradas pelo futebol e dos homens pelos maricas.
Albino Forjaz de Sampaio, Volúpia (A Nona Arte: A Gastronomia), Porto, 1940.
Albino Forjaz de Sampaio, Volúpia (A Nona Arte: A Gastronomia), Porto, 1940.
Delicioso
Para se avaliar do grau de civilização da nossa cozinha, basta dizer que considerando os alimentos crus, tal como os ingerem os selvagens bestiais da Polinésia, e algumas espécies de índios da América do Sul, como primeiro estádio duma escala destinada a indicar a cultura do homem, sob o ponto de vista da alimentação, nós estávamos há dois séculos já na idade dos guisados, enquanto o grosseiro inglês permanece ainda nas carnes sangrentas, reminiscência dos períodos antropófagos, e o ardiloso francês nas massas e picados, isto é, nos jantares em pílulas, cujo último resultado é nada menos que a supressão do paladar.
FIALHO D'ALMEIDA
FIALHO D'ALMEIDA
Para Hoje — 25-III-2006 — Nos 10 Anos de Dom Afonso (VII)
LOUANGE À L'ÉTINCELLANTE TRINITÉ DE BRAGANÇA
Oh! Les charmants trois petits princes
que j'ai eu la chance...
de connaître aujourd'hui...!
Dieu merci!
"On est de leur enfance
comme on est d'un pays".
(Casa Real, em Sintra, aos oito d'Outubro de 2003)
RODRIGO EMÍLIO
Oh! Les charmants trois petits princes
que j'ai eu la chance...
de connaître aujourd'hui...!
Dieu merci!
"On est de leur enfance
comme on est d'un pays".
(Casa Real, em Sintra, aos oito d'Outubro de 2003)
RODRIGO EMÍLIO
sexta-feira, março 24, 2006
Fim do Comunismo (Europa, 1989 — Portugal, 2009)
Começando por uma ponta, vamos por partes:
1.ª — Fim do BE;
2.ª — Fim do PEV;
3.ª — Fim do PCP.
1.ª — Fim do BE;
2.ª — Fim do PEV;
3.ª — Fim do PCP.
Dois Anos a Servir um Ideal
Andar a solo nestes terrenos armadilhados — há dois anos —, por vezes contra tudo e contra todos, mas com coragem e com lealdade a uma Ideia, é Obra. Vão já a correr dar os Parabéns a este Caval(h)eiro!
quinta-feira, março 23, 2006
Akira Kurosawa (23-III-1910 — 6-IX-1998)
Estamos mesmo no dia certo e à boa hora para recordarmos — de novo — O Último Samurai.
Jovens intelectuais
— Eh pá! Já não dá para irmos ao Visconti...
— Quê?... 'tás a gozar...
— 'tou nada! Sabias qu'esses italianos eram todos fachos?...
— Nã...
— Podes crer, chaval!
— Atão?...
— Sabes aqueles estúdios bué da fixes... a Cinecittà?...
— Ya.
— Foram os fachos que fizeram.
— Quê?!
— Ya, man. E o Festival de Veneza... Bué da louco...
— O quê? Também foram os fascistas?!...
— 'da-se. Foram mesmo. E aquela revista Cinema, onde escreviam todos os bacanos...
— Quais bacanos?
— Os gajos do neo-realismo... antes do neo-realismo...
— Sei. Ganda curte!
— Também era lá dos fachos.
— Quem é que te disse isso?
— A minha namorada, que estuda Cinema.
— Eh pá! A gaja é nazi!
— Na é nada. Até fui co velho dela à "Festa".
— Porra. Atão é mesmo verdade.
— Um gajo já não pode ver nada...
— Pois é.
— Quê?... 'tás a gozar...
— 'tou nada! Sabias qu'esses italianos eram todos fachos?...
— Nã...
— Podes crer, chaval!
— Atão?...
— Sabes aqueles estúdios bué da fixes... a Cinecittà?...
— Ya.
— Foram os fachos que fizeram.
— Quê?!
— Ya, man. E o Festival de Veneza... Bué da louco...
— O quê? Também foram os fascistas?!...
— 'da-se. Foram mesmo. E aquela revista Cinema, onde escreviam todos os bacanos...
— Quais bacanos?
— Os gajos do neo-realismo... antes do neo-realismo...
— Sei. Ganda curte!
— Também era lá dos fachos.
— Quem é que te disse isso?
— A minha namorada, que estuda Cinema.
— Eh pá! A gaja é nazi!
— Na é nada. Até fui co velho dela à "Festa".
— Porra. Atão é mesmo verdade.
— Um gajo já não pode ver nada...
— Pois é.
Vazio par(a)lamentar
Extrema-esquerda — BE
Esquerda — PEV
Esquerda — PCP
Centro-esquerda — PS
Centro-esquerda — PPD-PSD
Centro — CDS-PP
Centro-direita —
Direita —
Extrema-direita —
Esquerda — PEV
Esquerda — PCP
Centro-esquerda — PS
Centro-esquerda — PPD-PSD
Centro — CDS-PP
Centro-direita —
Direita —
Extrema-direita —
quarta-feira, março 22, 2006
Deveres simples de um Homem de Direita
Trabalhar, Casar, ter Filhos e educá-los nos Valores Tradicionais, para que a Família e a Nação continuem Vivas.
O resto são conversas.
O resto são conversas.
As coisas como elas são II
Por outro lado, também no século passado, houve Programas Políticos claros. Leiam este, por exemplo.
Uns têm, outros não
Cultura — aquela atitude de espírito que se marca por uma absorção profunda de tudo o que se lê, vê, ou de qualquer outro modo experimenta.
FERNANDO PESSOA
FERNANDO PESSOA
terça-feira, março 21, 2006
Cavalheiros modernos
Não têm alfaiate. Vão ao pronto-a-vestir.
Não têm barbeiro. Vão ao cabeleireiro.
Não vão à Ópera. Vão ao centro cultural.
Não caçam. São 'amigos dos animais'.
Não fazem esgrima ou boxe. Fazem yoga ou tai-chi.
Não lêem livros. Vêem revistas.
Não bebem vinho ao almoço. "Têm de ir trabalhar".
Não têm barbeiro. Vão ao cabeleireiro.
Não vão à Ópera. Vão ao centro cultural.
Não caçam. São 'amigos dos animais'.
Não fazem esgrima ou boxe. Fazem yoga ou tai-chi.
Não lêem livros. Vêem revistas.
Não bebem vinho ao almoço. "Têm de ir trabalhar".
Coisas do Céu
Morte de São Bento — 21 de Março de 543.
Nascimento de Johann Sebastian Bach — 21 de Março de 1685.
Nascimento de Johann Sebastian Bach — 21 de Março de 1685.
segunda-feira, março 20, 2006
Equinócio da Primavera
É logo, às 18 horas e 26 minutos. E, portanto, o dia — hoje — terá a mesma duração da noite: equi-nox. Celebremos, pois, a chegada da Primavera — fase de renascimento da Vida —, contemplando a Natureza e orando ao Arcanjo São Rafael, regente desta Estação.
Alerta bibliófilos
Inaugura hoje mais uma Feira do Livro Manuseado, na Rua Augusta, em Lisboa. Os pormenores encontram-se aqui.
Continua aberto o Salão do Livro Antigo na Bienal de Antiguidades de Lisboa, na FIL-Parque das Nações.
E, ainda não acabou a Feira do Livro de Primavera, no Mercado da Ribeira, também na Capital.
Continua aberto o Salão do Livro Antigo na Bienal de Antiguidades de Lisboa, na FIL-Parque das Nações.
E, ainda não acabou a Feira do Livro de Primavera, no Mercado da Ribeira, também na Capital.
domingo, março 19, 2006
Milagre!
Nos desgraçados tempos que (es)correm — tipo lama —, não dá para acreditar que exista alguém nascido em 1987 com dois dedos de testa, bom-gosto e pena certeira. Mas, há.
Um livrinho fascinante
A minha aversão a andar ao sabar das vagas — ou das "ondas", como se diz agora — leva-me a ler certos livros apenas alguns anos após a sua publicação. Assim, só agora peguei em «O Mestre de Esgrima»; e — caramba! —, depois de ténis, rugby e futebol (Família oblige) — debaixo de chuva e vendaval —, sentei-me e finalmente comecei a ler o livro de Arturo Pérez-Reverte, numa magnífica tradução de Pedro Tamen. Uma verdadeira delícia!
O meu (re)encontro com a Ficção literária é cada vez mais raro. Ano após ano, é na História, nos Ensaios e nos livros de Arte, na Filosofia e na Política, nas Memórias que mergulho; a Ulissiponense e as Monografias Regionais também me prendem; por fim e por princípio — sempre a Poesia.
Mas, neste exacto momento, estou aqui estou ansioso por voltar ao meu Romance de fim-de-semana...
O meu (re)encontro com a Ficção literária é cada vez mais raro. Ano após ano, é na História, nos Ensaios e nos livros de Arte, na Filosofia e na Política, nas Memórias que mergulho; a Ulissiponense e as Monografias Regionais também me prendem; por fim e por princípio — sempre a Poesia.
Mas, neste exacto momento, estou aqui estou ansioso por voltar ao meu Romance de fim-de-semana...
Casal perfeito
Falemos agora da Senhora sua Mulher: o Círculo de Leitores — em boa hora — decidiu publicar a Obra completa de Fernanda de Castro. Ficamos a aguardar. Depressa, que se faz tarde!
Haja Ferro e saúde
Por causa deste diário de bordo, precisei de ter à mão — para melhor semear... — várias passagens de António Ferro. Livro daqui, livro dali, e dou pela sua disseminação por toda a Casa: armário-livreiro destinado a Salazar, estante de Poesia Portuguesa, estante de Prosa Portuguesa — Ensaio e Ficção —, prateleira de Cinema, pastas-de-arquivo com Revistas, cantinho Futurista... — É isto bem a expressão do autor total que Ferro era. Um Homem que espalhou a sua energia criadora por várias áreas artístico-literárias — sempre ao mais alto nível estético e cultural. Há alguém parecido à vista?... Ai, quem nos dera!
sábado, março 18, 2006
Chamamento Tradicionalista
Nas sociedades tradicionalistas são talvez os Mortos que mandam; nas sociedades democráticas, porém, é a morte que manda.
FERNANDO PESSOA
FERNANDO PESSOA
França francesa
Para acompanhar os ventos de França, nesta difícil hora de resistência à canalha instrumentalizada, leia-se um blogue nacional Francês.
sexta-feira, março 17, 2006
Chama-se Nacionalismo
Ora o verdadeiro patriotismo — cem vezes o repetiu António Sardinha — não é o amor naturalista pela terra em que nascemos, é o respeito pelas gerações que nos precederam.
LUÍS DE ALMEIDA BRAGA
LUÍS DE ALMEIDA BRAGA
quinta-feira, março 16, 2006
Vida e Morte
Nasce Camilo Castelo Branco, em 1825. Mergulhe-se na Camiliana.
Morrem os Cátaros de Montségur, em 1244. Releia-se Saint-Loup.
Morrem os Cátaros de Montségur, em 1244. Releia-se Saint-Loup.
Isto está bonito...
É impressão minha ou o Estado a que temos direito anda a "chular" os Trabalhadores Independentes através de sucessivos aumentos nos Pagamentos à Segurança Social?...
quarta-feira, março 15, 2006
Fado no Feminino
Recorda-se aqui Uma Grande Senhora, que ainda tive a subida honra e o grato prazer de ouvir ao vivo.
Revolução Cultural em marcha!
O fim da sinistra ditadura kultural do sistema fica mais à vista com reforços blogosféricos deste calibre!
Dia de São Raimundo (+ 1163)
Membro da Ordem de Cister, em França, fundou, em 1158, a Ordem de Calatrava — a mais antiga de Espanha — para defender dos mouros a povoação com o mesmo nome. Tendo alguns Cavaleiros desta Ordem entrado em Évora, em 1166, estabeleceram-se definitivamente em Portugal e vieram a dar origem à Ordem de Aviz.
terça-feira, março 14, 2006
Portugal estéril
Noutros Tempos, nascia-se e morria-se na mesma Casa. De lá se saía para dar a volta ao Mundo, mas lá se regressava sempre. Depois, voltava-se a saír para casar, mas retornava-se com netos — muitos! — para as Festas de Família; e, a Casa ia renascendo, geração após geração.
Agora, passa-se a vida de casa em casa, quais salta-pocinhas, sem rei nem roque, nem Filhos à vista. As Casas de Família deixaram de ser referências para as Terras e para os Bairros — o Povo ficou órfão dos Senhores das Terras e os Bairros perderam as suas mais dinâmicas e ilustres personagens.
Isto não é fantasia. É — desgraçadamente! — a realidade, nua e crua, e passa-se do Minho ao Bairro Alto. Em trinta gerações de Portugueses, contam-se hoje pelos dedos as Casas que atravessaram o Século XX nas mesmas Famílias; e, sem estas âncoras, as Comunidades abriram portas à desorganização e ao caos, substituindo o alto exemplo das Famílias Tradicionais pelas novas referências exóticas, sub-urbanas e pequeno-burguesas da televisão. É o fim.
Agora, passa-se a vida de casa em casa, quais salta-pocinhas, sem rei nem roque, nem Filhos à vista. As Casas de Família deixaram de ser referências para as Terras e para os Bairros — o Povo ficou órfão dos Senhores das Terras e os Bairros perderam as suas mais dinâmicas e ilustres personagens.
Isto não é fantasia. É — desgraçadamente! — a realidade, nua e crua, e passa-se do Minho ao Bairro Alto. Em trinta gerações de Portugueses, contam-se hoje pelos dedos as Casas que atravessaram o Século XX nas mesmas Famílias; e, sem estas âncoras, as Comunidades abriram portas à desorganização e ao caos, substituindo o alto exemplo das Famílias Tradicionais pelas novas referências exóticas, sub-urbanas e pequeno-burguesas da televisão. É o fim.
Ressurreição
Aplicou à blogosfera a velha máxima de que não há duas sem três e ainda mostrou que O Santos da Casa pode fazer milagres. O seu único limite é a linha do Horizonte.
Olh'ò desenho!
Breve História da Sérvia, em doze parágrafos.
É de aproveitar, que não é todos dias que fala quem sabe, nestes tempos em que todos têm opinião sobre tudo sem nada saberem de coisa alguma...
À distância de um clique.
É de aproveitar, que não é todos dias que fala quem sabe, nestes tempos em que todos têm opinião sobre tudo sem nada saberem de coisa alguma...
À distância de um clique.
Poema para Noite de Lua Cheia
A NOITE
Céu tenebroso: um côncavo profundo
Onde as vozes se juntam e concertam
Para que em sons de sombra se convertam,
Revelando silêncios de Além-Mundo...
Anjos descem à Terra; um luar jucundo
Desponta pelas trevas que desertam;
Os mortos em seus túmulos despertam;
Os meus olhos cristãos de luz inundo!
Perdem-se em vago e sonho os horizontes;
Há um choro místico a evolar-se em prece
No outono de água múrmuro das fontes...
E, dentro de nós, (magnífico mistério!)
Deus — o adorado Espírito — esplendece...
A Noite é a anunciação do Reino Etéreo!
MÁRIO BEIRÃO
Céu tenebroso: um côncavo profundo
Onde as vozes se juntam e concertam
Para que em sons de sombra se convertam,
Revelando silêncios de Além-Mundo...
Anjos descem à Terra; um luar jucundo
Desponta pelas trevas que desertam;
Os mortos em seus túmulos despertam;
Os meus olhos cristãos de luz inundo!
Perdem-se em vago e sonho os horizontes;
Há um choro místico a evolar-se em prece
No outono de água múrmuro das fontes...
E, dentro de nós, (magnífico mistério!)
Deus — o adorado Espírito — esplendece...
A Noite é a anunciação do Reino Etéreo!
MÁRIO BEIRÃO
segunda-feira, março 13, 2006
domingo, março 12, 2006
A propósito de Dom Miguel
Fado do Embuçado
Noutro tempo a fidalguia
Que deu brado nas toiradas
Frequentava a Mouraria
E em muito palácio havia
Descantes e guitarradas!
A história que vou contar
Contou-ma certa velhinha,
Uma vez que fui cantar
Ao salão dum titular
Lá pró Paço da Raínha!
E nesse salão doirado,
De ambiente nobre e sério,
Para ouvir cantar o fado
Ia sempre um embuçado,
Personagem de mistério!
Mas certa noite houve alguém
Que lhe disse, erguendo a fala:
«Embuçado, nota bem,
Hoje não fique ninguém
Embuçado nesta sala!»
Ante a admiração geral,
Descobriu-se o embuçado.
Era El-Rei de Portugal,
Houve beija-mão real
E depois... cantou-se o fado.
Letra: Gabriel de Oliveira
Música: Alcídia Rodrigues
(Para ouvir, de preferência,
interpretado por João Ferreira-Rosa)
Noutro tempo a fidalguia
Que deu brado nas toiradas
Frequentava a Mouraria
E em muito palácio havia
Descantes e guitarradas!
A história que vou contar
Contou-ma certa velhinha,
Uma vez que fui cantar
Ao salão dum titular
Lá pró Paço da Raínha!
E nesse salão doirado,
De ambiente nobre e sério,
Para ouvir cantar o fado
Ia sempre um embuçado,
Personagem de mistério!
Mas certa noite houve alguém
Que lhe disse, erguendo a fala:
«Embuçado, nota bem,
Hoje não fique ninguém
Embuçado nesta sala!»
Ante a admiração geral,
Descobriu-se o embuçado.
Era El-Rei de Portugal,
Houve beija-mão real
E depois... cantou-se o fado.
Letra: Gabriel de Oliveira
Música: Alcídia Rodrigues
(Para ouvir, de preferência,
interpretado por João Ferreira-Rosa)
Fascistas para o Campo Pequeno
Não temos nada capaz de dar a um rapaz um bocado de fibra. Temos só a tourada... Tirem a tourada, e não ficam senão badamecos derreados da espinha...
EÇA DE QUEIROZ
Alexandre Herculano, em questão de touros, era um português degenerado. Nunca viu uma tourada.
BULHÃO PATO
Deixem-se os «estrangeirantes» de tentar obscurecer a Toirada Portuguesa e defendamos nós, correndo «atrás do toiro», uma herança milenária e transmitamos aos nossos filhos o gosto por quanto nossos Avós nos legaram.
MASCARENHAS BARRETO
EÇA DE QUEIROZ
Alexandre Herculano, em questão de touros, era um português degenerado. Nunca viu uma tourada.
BULHÃO PATO
Deixem-se os «estrangeirantes» de tentar obscurecer a Toirada Portuguesa e defendamos nós, correndo «atrás do toiro», uma herança milenária e transmitamos aos nossos filhos o gosto por quanto nossos Avós nos legaram.
MASCARENHAS BARRETO
sábado, março 11, 2006
Ligações a sítios
Os sítios aqui alinhados alfabeticamente são portais ou páginas de lugares institucionais que defendem e divulgam os nossos Valores.
Ligações a blogues
Os blogues que aqui estão perfilados na coluna da direita correspondem às minhas leituras. Uns, são lidos todos os dias; outros, são lidos dia-sim-dia-não; alguns, só semanalmente; outros ainda, de vez em quando. Mas, são todos lidos. Não estão aqui por serem primos, vizinhos, amigos, camaradas, giras ou porreiraços. Estão aqui porque os leio. No dia em que deixar de ler algum... — salta fora! O critério de ordenação só pode ser o da ordem alfabética da primera letra. Entre iguais é assim. Entre blogues assim é. Poderia haver gavetas e prateleiras, caixas e caixinhas — tipo: católicos, nacionalistas, monárquicos; política, cultura, artes; individuais, duplas, colectivos; ou, designações a armar ao original e engraçadinho. Mas, não. Para poluição visual já basta o lixo cultural produzido por esta miserável sociedade de consumo e pelo decadente sistema dito democrático. Sejamos, pois, sóbrios e claros. Trata-se de higiene mental.
Modernismo e Nacionalismo em António Ferro
1.º — MODERNISMO, glorificação e assunção da Hora, consciência aguda do fluir temporal e da necessidade de abandono das fórmulas mortas. É no presente que vivemos, mas voltados ao futuro. Um modernista, mas um modernista futurista.
2.º — NACIONALISMO, encontrado logo a seguir, em evolução paralela à que pode observar-se em Fernando Pessoa ou Almada Negreiros. A modernidade não destrói a noção de que, se o homem vive no seu tempo, também vive no seu espaço. Todavia, o que é temporal é a forma e a fórmula, é a epiderme e a superfície. Há linhas indestrutíveis, como a de uma tradição nacional. Assim, a mesma linha espiritual une manifestações tão diversas no tempo como o Auto da Índia de Gil Vicente, Os Lusíadas de Camões, os sermões do Padre António Vieira sobre o Quinto Império, a Pátria de Junqueiro e a Mensagem de Pessoa.
O futurismo em Portugal é uma modalidade do nosso tradicional messianismo. Assim foi para Fernando Pessoa e assim foi para António Ferro. Modernidade é neles actualização, porque procuram conjugar o espírito da Pátria com os novos condicionalismos da vida moderna. É uma exigência de movimento, cujo processo está bem patente na Ode Marítima.
ANTÓNIO QUADROS
2.º — NACIONALISMO, encontrado logo a seguir, em evolução paralela à que pode observar-se em Fernando Pessoa ou Almada Negreiros. A modernidade não destrói a noção de que, se o homem vive no seu tempo, também vive no seu espaço. Todavia, o que é temporal é a forma e a fórmula, é a epiderme e a superfície. Há linhas indestrutíveis, como a de uma tradição nacional. Assim, a mesma linha espiritual une manifestações tão diversas no tempo como o Auto da Índia de Gil Vicente, Os Lusíadas de Camões, os sermões do Padre António Vieira sobre o Quinto Império, a Pátria de Junqueiro e a Mensagem de Pessoa.
O futurismo em Portugal é uma modalidade do nosso tradicional messianismo. Assim foi para Fernando Pessoa e assim foi para António Ferro. Modernidade é neles actualização, porque procuram conjugar o espírito da Pátria com os novos condicionalismos da vida moderna. É uma exigência de movimento, cujo processo está bem patente na Ode Marítima.
ANTÓNIO QUADROS
Ponto Positivo
Temos a confirmação que este Presidente é o primeiro civil Chefe de Estado da III República a ter cumprido o Serviço Militar. Para ler nesta excelente sítio.
sexta-feira, março 10, 2006
quinta-feira, março 09, 2006
Agora já não há desculpas
Quem tem pernas para andar, dá três passos e abre um blogue. Quem tem dois dedos de testa, actualiza-o todos os dias. Com Ideias, Imagens, a sério, a brincar — o que fôr; mas, que seja!
Aqui, não vigora a sinistra ditadura cultural do sistema. Cada um pode mostrar o que vale. Coisa terrível esta, pois não há lugar a vitimização... Cada um pode escolher o seu caminho: combater mano-a-mano, ou fazer frente para batalhas maiores, ou, simplesmente, dizer de sua justiça.
A liberdade é total — cada um escreve à sua maneira e publica o que quer quando lhe apetece. A luta é igual, mas não é entre iguais. Felizmente. Assim, os melhores podem triunfar. Os critérios são os da criatividade, do bom-gosto, do sentido de humor — enfim, de tudo o que há de elevado e que serve para estabelecer a verdadeira Hierarquia.
E não se trata de ter mais ou menos leitores. Trata-se, objectivamente, de se ser melhor. Trazer — através deste novo meio — novas Ideias e novas Imagens: uma Ética e uma Estética para o Século XXI. As Nações alimentam-se de Ideias e procuram um Sentido para fazer as suas Revoluções. Saibamos nós fornecer a Portugal um Sentido para o III Milénio!
Agora, já não há desculpas. Está na hora de descalçar os sapatos-de-quarto e calçar as botas de Montanha — puxar pela cabeça e subir; pois a descer já andamos há trinta anos...
A blogosfera é o palco indicado para os combates culturais dos nossos dias. O Futuro pertence a quem aqui vencer.
Aqui, não vigora a sinistra ditadura cultural do sistema. Cada um pode mostrar o que vale. Coisa terrível esta, pois não há lugar a vitimização... Cada um pode escolher o seu caminho: combater mano-a-mano, ou fazer frente para batalhas maiores, ou, simplesmente, dizer de sua justiça.
A liberdade é total — cada um escreve à sua maneira e publica o que quer quando lhe apetece. A luta é igual, mas não é entre iguais. Felizmente. Assim, os melhores podem triunfar. Os critérios são os da criatividade, do bom-gosto, do sentido de humor — enfim, de tudo o que há de elevado e que serve para estabelecer a verdadeira Hierarquia.
E não se trata de ter mais ou menos leitores. Trata-se, objectivamente, de se ser melhor. Trazer — através deste novo meio — novas Ideias e novas Imagens: uma Ética e uma Estética para o Século XXI. As Nações alimentam-se de Ideias e procuram um Sentido para fazer as suas Revoluções. Saibamos nós fornecer a Portugal um Sentido para o III Milénio!
Agora, já não há desculpas. Está na hora de descalçar os sapatos-de-quarto e calçar as botas de Montanha — puxar pela cabeça e subir; pois a descer já andamos há trinta anos...
A blogosfera é o palco indicado para os combates culturais dos nossos dias. O Futuro pertence a quem aqui vencer.
Princípios
A ideia de Raça entre nós é em Frei Bernardo de Brito que aparece pela primeira vez. A concepção jurídica de um todo uno, idêntico na composição e no destino, já se definira, no entanto, com D. João II. É o conceito político de Grei que, nascido da sociologia tomista por derivação do «De regimine principum», se alenta soberanamente nessa admirável hora de Quatrocentos em que o coração da Nacionalidade bate sereno e regular.
ANTÓNIO SARDINHA
ANTÓNIO SARDINHA
Fala quem sabe
Abolição total do conceito de Democracia, conforme a revolução francesa, pelo qual dois homens correm mais que um homem só, o que é falso, porque um homem que vale por dois é que corre mais que um homem só!
FERNANDO PESSOA
FERNANDO PESSOA
Ressurreição
Eu acredito fervorosamente nos destinos da nossa Raça. Um País que — mais do que fronteiras de montanhas ou rios — criou uma História, uma Língua, uma Arte independente, não pode morrer. Pode ainda a nacionalidade ter um período de obscurantismo abismador... Façam-lhe ainda pior do que lhe têm feito; a Raça não sucumbirá — e a Nação há-de ressurgir do próprio sangue, das próprias lágrimas do seu calvário.
ANTÓNIO CORRÊA D'OLIVEIRA
ANTÓNIO CORRÊA D'OLIVEIRA
quarta-feira, março 08, 2006
Mote para Novas Aventuras
amantes furiosos
raça eterna
almas ardentes
suplício feroz
amor e ódio
morte honrosa
sacra nobreza
cruel inocência
chama de triunfo
paixões violentas
amantes furiosos
fiéis ao romance
cruzaremos rotas sem fim
Letra — Pedro Ayres Magalhães, Carlos Maria Trindade, Paulo Borges
Música — Heróis do Mar
raça eterna
almas ardentes
suplício feroz
amor e ódio
morte honrosa
sacra nobreza
cruel inocência
chama de triunfo
paixões violentas
amantes furiosos
fiéis ao romance
cruzaremos rotas sem fim
Letra — Pedro Ayres Magalhães, Carlos Maria Trindade, Paulo Borges
Música — Heróis do Mar
Dia de São João de Deus (1495 — 8-III-1550)
SÃO JOÃO DE DEUS
Ele nasceu nesta planície imensa,
Que Deus tocou de graça merencória:
Desde esse instante — como recompensa —
A terra abre-se em luz, abrasa em Glória!
Deus lhe marcou, sorrindo, alto destino:
Ser santo... ser herói... e sobre-humano
Poder... excelsa afirmação... divino
Penhor da fé do Povo Alentejano!
Oh! Montemor, aos claros céus erguida,
Como oração... — suspenso belveder —
Foste madre de tão preciosa vida:
Ficaste para sempre a esplandecer!
MARIA DE SANTA ISABEL
(Maria Palmira Osório de Castro
de Sande de Vasconcelos Alcaide)
Ele nasceu nesta planície imensa,
Que Deus tocou de graça merencória:
Desde esse instante — como recompensa —
A terra abre-se em luz, abrasa em Glória!
Deus lhe marcou, sorrindo, alto destino:
Ser santo... ser herói... e sobre-humano
Poder... excelsa afirmação... divino
Penhor da fé do Povo Alentejano!
Oh! Montemor, aos claros céus erguida,
Como oração... — suspenso belveder —
Foste madre de tão preciosa vida:
Ficaste para sempre a esplandecer!
MARIA DE SANTA ISABEL
(Maria Palmira Osório de Castro
de Sande de Vasconcelos Alcaide)
terça-feira, março 07, 2006
Ó diabo!
Mais um que demorou trinta anos a perceber; e, ainda por cima, é inteligente.
Transcrição respigada d'«O Diabo», que para o engenheiro capitalista e sus muchachos bloqueados não vai nada:
«Os mestres do "correcto" vigiam, como nunca vigiaram os coronéis de Salazar» (...)
«Acreditam que nunca voltei a sentir o espaço e a liberdade desse tempo?»
VASCO PULIDO VALENTE, no «Público»
Transcrição respigada d'«O Diabo», que para o engenheiro capitalista e sus muchachos bloqueados não vai nada:
«Os mestres do "correcto" vigiam, como nunca vigiaram os coronéis de Salazar» (...)
«Acreditam que nunca voltei a sentir o espaço e a liberdade desse tempo?»
VASCO PULIDO VALENTE, no «Público»
É só rir!
Certa direit(inh)a descobriu agora — cinquenta anos depois — que a sinistra tomou conta da Arte; e, propõe-se reagir: na TV e a cores. É um fartote!
Távola Redonda
Afonso Henriques
Egas Moniz
Mem Ramires
Martim Moniz
Geraldo Geraldes
Gonçalo da Maia
Fernão Gonçalves
Fuas Roupinho
Gualdim Paes
Paio Mendes
Paio Guterres
Lourenço de Abreu
Egas Moniz
Mem Ramires
Martim Moniz
Geraldo Geraldes
Gonçalo da Maia
Fernão Gonçalves
Fuas Roupinho
Gualdim Paes
Paio Mendes
Paio Guterres
Lourenço de Abreu
segunda-feira, março 06, 2006
Acção
Eu não tenho culpa nenhuma de ser português, mas sinto a força para não ter, como vós outros, a cobardia de deixar apodrecer a pátria.
JOSÉ DE ALMADA-NEGREIROS
JOSÉ DE ALMADA-NEGREIROS
Pensamento
Entrei numa livraria. Puz-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida. Não chegam, não duro nem para metade da livraria.
Deve certamente haver outras maneiras de se salvar uma pessoa, senão estou perdido.
No entanto, as pessoas que entravam na livraria estavam todas muito bem vestidas de quem precisa salvar-se.
JOSÉ DE ALMADA-NEGREIROS
Deve certamente haver outras maneiras de se salvar uma pessoa, senão estou perdido.
No entanto, as pessoas que entravam na livraria estavam todas muito bem vestidas de quem precisa salvar-se.
JOSÉ DE ALMADA-NEGREIROS
Renascimento das Belas-Artes
Michelangiolo Buonarroti
(6-III-1475 — 18-II-1564)
Pietà, 1499
Mármore, 174 x 195 cm
San Pietro, Vaticano
domingo, março 05, 2006
Teoria da Indiferença
Nunca me perguntem o que eu penso. O que eu penso é para mim; para os outros é, apenas, o que eu digo...
ANTÓNIO FERRO
ANTÓNIO FERRO
Corpo e Alma
Não sei que poeta prefiro. Gosto de todas as mulheres desde que tenham Corpo... Gosto de todos os poetas desde que tenham Alma... A alma é o corpo dos poetas. O corpo é a a alma das mulheres.
ANTÓNIO FERRO
ANTÓNIO FERRO
sábado, março 04, 2006
Sete Antónios Poetas
Para um fim-de-semana de aguaceiros:
— António Barahona;
— António Botto;
— António Ferro;
— António Gedeão;
— António Manuel Couto Viana;
— António Nobre;
— António Sardinha.
— António Barahona;
— António Botto;
— António Ferro;
— António Gedeão;
— António Manuel Couto Viana;
— António Nobre;
— António Sardinha.
Sabe quem sabe
Eu bem me parecia e dizia que Estes Senhores teriam vastos conhecimentos sobre este assunto. Façam o favor de espreitar...
Bem-Hajam Todos!
Relatório da 1.ª Semana
Visitas:
Total — 897
Média por dia — 123
Páginas vistas:
Total — 2.857
Média por dia — 387
Comentários:
Total — 62
Posição entre os blogs portugueses
(por média diária):
N.º 186 em 1.453
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Total — 897
Média por dia — 123
Páginas vistas:
Total — 2.857
Média por dia — 387
Comentários:
Total — 62
Posição entre os blogs portugueses
(por média diária):
N.º 186 em 1.453
Viva a Música!
Música — para ouvir, recordando ou descobrindo, com um nó na garganta ou a corda no pescoço, com o braço ao alto ou de braço dado, todo arrepiado ou só encantado —: é aqui!
sexta-feira, março 03, 2006
Chuvada de livros
Foi este Vosso servo, acompanhado pelo veterano BOS, à já aqui anunciada Feira do Livro do Mercado da Ribeira. Os livros estavam ao preço da chuva; e, ocultados por literatura cor-de-rosa, descobrimos títulos — em primeiras edições! — há muito arredados da vista do mais feroz bibliófilo... — Foi um fartote! Para abreviar, direi apenas que o ilustre autor do Nova Frente e este aprendiz de escriba de lá saíram carregados com quatro sacos cada, correspondentes a trinta volumes por cabeça...! À saída, a Natureza vingou-se — de tanta fartura — e apanhámos uma carga de água pela cachimónia abaixo como nem o rijo Homem do Norte alguma vez tinha visto. Fim-de-semana ganho!
«Cadavre-exquis» avant la lettre
Os latidos
I
Quem muito ladra, pouco aprende.
Antero de Quental
II
Escritor que ladra não morde.
Oliveira Martins
III
Dentada de crítico cura-se com pêlo do mesmo crítico.
Ramalho Ortigão
IV
Cão lírico ladra à lua; cão filósofo aboca o melhor osso.
Eça de Queiroz
V
Cão de letras — cachorro!
Guerra Junqueiro
Envoi
São cinco cães, sentinelas
De bronze e papel almaço;
De bronze para as canelas,
De papel para o regaço.
(assinado) A matilha
(Escrito, num leque de cetim cor de ouro ornado de uma aguarela representando um grupo de cinco cães, da seguinte forma: por cima dos cães, este dístico — Os autores; do lado oposto, a rubrica e o texto transcrito)
Um País complicado ou talvez não
Ao terceiro dia de estada em Portugal, diz a Velha Senhora inglesa à sua anfitriã portuguesa:
«— Que País tão estranho. Tu és a "senhora dona" Maria, a tua filha é a "senhora doutora" Maria, a mulher da loja é a "dona" Maria, a costureira é a "senhora" Maria e a criada é só Maria.»
Resposta da sábia Velha Senhora portuguesa:
«— Deixa estar assim que está muito bem. Não vês que somos Marias mas não somos todas iguais e temos de nos distinguir de alguma maneira...»
«— Que País tão estranho. Tu és a "senhora dona" Maria, a tua filha é a "senhora doutora" Maria, a mulher da loja é a "dona" Maria, a costureira é a "senhora" Maria e a criada é só Maria.»
Resposta da sábia Velha Senhora portuguesa:
«— Deixa estar assim que está muito bem. Não vês que somos Marias mas não somos todas iguais e temos de nos distinguir de alguma maneira...»
Revivalismos
Nas minhas novas andanças blogosféricas, dei de caras com uma onda revivalista no que diz respeito a antigos programas de televisão. Séries que passaram mais ou menos despercebidas, pois tinham apenas um target infanto-juvenil, foram, subitamente, elevadas à categoria de objectos de culto.
O mais curioso é que encontramos pessoas nas caixas-de-comentários a trocar opiniões — em tom nostálgico — sobre programas que teriam visto ao mesmo tempo (e sabe-se, psicologicamente, como a fruição de produtos culturais em grupo gera dinâmicas emocionais fortes), mas, na verdade, a convergência é pouco mais do que surrealista, na maior parte dos casos, pois as séries em causa têm sido repostas ao longo dos anos (a RTP existe desde 1957...), e, aquele momento, que parece único a muitos, foi repetido década após década — a preto e branco e a cores —, como no caso do «Bonanza»...
Assim, o dia em que me apaixonei pela Marion, dos «Pequenos Vagabundos», pode não ter sido sequer no mesmo ano em que aquele desconhecido confrade blogosférico padeceu do mesmo mal — por ser de geração muito diferente da minha...!
O mais curioso é que encontramos pessoas nas caixas-de-comentários a trocar opiniões — em tom nostálgico — sobre programas que teriam visto ao mesmo tempo (e sabe-se, psicologicamente, como a fruição de produtos culturais em grupo gera dinâmicas emocionais fortes), mas, na verdade, a convergência é pouco mais do que surrealista, na maior parte dos casos, pois as séries em causa têm sido repostas ao longo dos anos (a RTP existe desde 1957...), e, aquele momento, que parece único a muitos, foi repetido década após década — a preto e branco e a cores —, como no caso do «Bonanza»...
Assim, o dia em que me apaixonei pela Marion, dos «Pequenos Vagabundos», pode não ter sido sequer no mesmo ano em que aquele desconhecido confrade blogosférico padeceu do mesmo mal — por ser de geração muito diferente da minha...!
quinta-feira, março 02, 2006
Ao José Pinto-Coelho
IDENTIDADE
Para Campos e Sousa
O que diz pátria mas não diz glória,
Com um silêncio de cobardia,
E ardendo em chamas chamou vitória
Ao medo e à morte daquele dia;
A esse eu quero negar-lhe a mão;
Negar-lhe o sangue da minha voz
Que foi ferida pela traição
E teve o nome de todos nós.
...................................................................
O que diz pátria, sem ter vergonha,
E faz a guerra pela verdade,
Que ama o futuro, constrói e sonha
Pão e poesia para a cidade;
A esse eu quero chamar irmão,
Sentir-lhe o ombro junto do meu,
Ir a caminho de um coração
Que foi de todos e se perdeu.
ANTÓNIO MANUEL COUTO VIANA
Para Campos e Sousa
O que diz pátria mas não diz glória,
Com um silêncio de cobardia,
E ardendo em chamas chamou vitória
Ao medo e à morte daquele dia;
A esse eu quero negar-lhe a mão;
Negar-lhe o sangue da minha voz
Que foi ferida pela traição
E teve o nome de todos nós.
...................................................................
O que diz pátria, sem ter vergonha,
E faz a guerra pela verdade,
Que ama o futuro, constrói e sonha
Pão e poesia para a cidade;
A esse eu quero chamar irmão,
Sentir-lhe o ombro junto do meu,
Ir a caminho de um coração
Que foi de todos e se perdeu.
ANTÓNIO MANUEL COUTO VIANA
Aos meus Filhos
Liberdade
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada.
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
FERNANDO PESSOA
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada.
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
FERNANDO PESSOA
quarta-feira, março 01, 2006
Frases indeléveis
No meu footing pós-prandial, o louco do bairro (todos têm o seu) interpelou-me e disse-me: «— Não me arranja alegria?».
Livros ao preço da chuva
Tomei conhecimento, através do utilíssimo Olissipo, que a Feira do Livro da Primavera, no Mercado da Ribeira, estará aberta de 2 de Março a 2 de Abril, das 10 às 21 horas. Vêmo-nos por lá.